A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em mais uma ação na defesa de investimentos estratégicos em infraestrutura para melhorar o transporte no estado, cobrou na tarde de terça-feira, em Brasília, soluções para corredores logísticos. A reunião do presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, e do gerente de logística, Egídio Martorano, com apresentação de plano para eixos logísticos, foi com o diretor do departamento de Planejamento, Gestão e Projetos do Ministério da Infraestrutura, Luciano Lourenço.
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Rodovias estaduais podem ter pedágio em SC
O argumento do setor produtivo é Santa Catarina tem uma economia que cresce mais do que a média nacional e uma condição de logística diferenciada, com cinco portos, que movimentam 19,4% dos contêineres no país. Mas sem melhorias na logística perde investimentos e isso significa menor atividade econômica, impactando negativamente também na arrecadação de impostos para municípios, estado e a União. No encontro de ontem, foi decidido que as análises das propostas colocadas serão por modal de transporte, mas a entidade cobrou mais soluções para rodovias e ferrovias.
Para o curto prazo, a Fiesc solicitou rapidez no fim do embargo do Tribunal de Contas da União à obra do contorno viário da Grande Florianópolis e aceleração na análise de pacote de obras no valor de R$ 2,63 bilhões (proposto pelo Grupo Paritário de Trabalho das Rodovias da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para melhorar o tráfego da BR-101 Norte, que está congestionado.
Entre as sugestões de médio prazo, a Federação propôs a concessão integrada das BRs 163, 282 e 470 incluindo uma rodovia estadual da Serra Catarinense, que pode ser a SC 110 (entre Bom Retiro e São João Joaquim) ou a SC 108 (entre Rancho Queimado e Braço do Norte). Em outubro, foram apresentados estudos do Ministério de Infraestrutura para a concessão de BRs em Santa Catarina, mas os valores de pedágios apresentados foram considerados muito caros.
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As propostas devem ser refeitas, com valores mais acessíveis. O setor público precisa fazer a parte dele na aceleração de concessões porque o país não tem recursos públicos para realizar grandes obras de infraestrutura.