As primeiras notícias divulgadas sobre a liberação de parte dos recursos do FGTS animaram muita gente porque o sinal foi de que cifras maiores poderiam ser sacadas. Mas a decisão de limitar em R$ 500, um valor menor e gradativo – com pagamento de setembro deste ano a março do ano que vem – ajudará a aquecer a economia do país, embora de forma mais leve e gradativa. Entidades empresariais de Santa Catarina estão animadas com a decisão. A expectativa é de que a maioria vai usar o recurso para pagar dívidas ou destinar para consumo. Contudo, é importante o trabalhador analisar bem onde vai gastar porque é um dinheiro que pode fazer diferença no futuro, em momento de uma necessidade mais importante, como um tratamento de saúde.
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Embora o valor pareça pequeno, muita gente poderá usá-lo para sair do vermelho. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC-Brasil) informou que 37% dos brasileiros inadimplentes têm débito de até R$ 500 e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que a maioria dos devedores da instituição, se aderirem ao programa de renegociação de débito oferecido atualmente com desconto de até 90%, têm dívida de até R$ 500. Isso mostra que as dívidas individuais não são tão grandes.
Apesar de a remuneração do dinheiro do FGTS ser uma das piores do país – 3% ao ano mais TR e, agora, o lucro anual – o fundo não deixa de ser uma poupança forçada que ajuda muita gente na aposentadoria. Num país onde a capacidade de fazer poupança e investimentos financeiros é ínfima, o FGTS, mesmo com baixa remuneração, acaba sendo um diferencial. O trabalhador que está mais atento a rendimentos, poderá adotar o modelo de saques anuais para aplicar em alternativas financeiras que rendem mais.