A limitação da malha ferroviária catarinense ganhou evidência agora com a aprovação, pelo Senado, do novo marco legal para as ferrovias brasileiras. Faltam projetos ao Estado. Apesar disso, 50% das exportações de grãos realizadas pelo Porto de São Francisco do Sul chegam até o terminal em vagões de trens da Rumo pelo ramal ferroviário de 170 quilômetros que liga Mafra ao terminal marítimo.
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Levantamento feito pelo porto apurou que, por ano, são cerca de 700 vagões que somam mais de 3 milhões de toneladas. A outra metade de grãos embarcados chega até o porto via caminhões. O presidente do porto, Cleverton Vieira, chama a atenção para a redução de custos do transporte ferroviário. Somente na logística interna do terminal, entre as áreas de armazenamento e embarque de navios, a economia é de R$ 1 milhão por ano.
Nem toda soja, milho e arroz são produzidos em Santa Catarina. Parte dos grãos vem do Mato Grosso do Sul e do Paraná, que entra pelo corredor ferroviário do Planalto Norte até São Francisco. A distribuição dos vagões é feita em Corupá. Cada trem com 80 vagões transporta 50 toneladas. A velocidade dos trens fica entre 25 e 30 quilômetros por hora. Quando chegam, as cargas são armazenadas nos terminais do próprio porto, ou nas unidades das empresas Bunge e Terlogs.
O novo marco legal das ferrovias, ainda não aprovado, já atraiu 14 grandes projetos de ferrovias no Brasil, que superam investimentos futuros de R$ 80 bilhões. Nesse grupo de obras está a previsão de um ramal da paranaense Ferroeste entre Casvavel e Chapecó. O objetivo é levar grãos até a cidade catarinense, mas também trazer cargas de lá para o Porto de Paranaguá, o que esvaziará parcialmente os portos de SC. O setor privado está estudando esses impactos enquanto o governo catarinense se preprara para fazer o projeto da esperada ferrovia Leste-Oeste e da Ferrovia Litorânea.
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