Junto com belezas espetaculares, as florestas e campos contam com extensa fauna que, muitas vezes causam doenças para os humanos. Os casos de óbito por febre maculosa em São Paulo, transmitida por carrapatos silvestres, fazem os turistas de aventura repensar viagens. Mas quem costuma fazer esses roteiros em Santa Catarina pode ficar mais tranquilo. O Estado investiga e registra a doença desde 2007 e, até hoje, não teve nenhum óbito ou caso grave.
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Segundo a gerência de Vigilância de Zoonoses, Acidentes por Animais Peçonhentos e Doenças Transmitidas por Vetores (Gezoo), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde, de 2007 até agora foram confirmados 610 casos, mas nenhum com gravidade porque o tipo de bactéria registrada aqui, a Rickettsia parkeri, não oferece gravidade.
– Não tem um risco para impedir o turismo (em SC). Mas ao frequentar área de mata, é preciso prestar atenção aos animais silvestres, que são mamíferos e podem ser portadores de algumas zoonoses. Existem também serpentes, lagartas e outros insetos que precisam de atenção – observa Ivânia Folster, gerente de Vigilância de Zoonoses de SC.
SC registra em média três casos de febre maculosa por mês em 2023
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Santa Catarina conta com atrações em turismo de aventura na maioria dos municípios e, muitas vezes, isso inclui passeios em florestas, trilhas, cachoeiras, rios e montanhas. Esse segmento está em alta agora, no inverno.
Essas opções de viagens ao interior, pousadas em serras, hotéis-fazenda, águas termais, cidades temáticas e até praia de lagos ganharam força turística na pandemia, quando as pessoas tiveram que viajar nos próprios países porque não podiam ir para o exterior. A Serra Catarinense, entre 2020 e 2022, teve crescimento expressiva do turismo de inverno, com equipamentos lotados.
A expectativa é de que esse turismo do frio cresça ainda mais em Santa Catarina com a campanha do governo do Estado, a Estação Inverno, lançada recentemente de forma pioneira para fortalecer a temporada de junho a setembro. A atenção é para o interior, mas o litoral também é atrativo aos turistas nos meses de frio.
Aos viajantes que possam ter sintoma e risco de febre maculosa, a gerente da Gezoo recomenda procurar uma unidade de saúde e informar que esteve em região de mata ou campo nos últimos 30 dias. O protocolo de tratamento inclui início do uso de antibiótico específico logo, enquanto exames são realizados. Assim, o paciente fica mais seguro.
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