No esforço para finalizar o Censo 2022 incluindo quase todas as pessoas a fim de que o país tenha dados para fazer investimentos públicos e privados, o IBGE realiza neste sábado uma ação em favelas em todo o Brasil. Em Florianópolis, a Favela da Grota, no Monte Cristo, foi a escolhida para que mais pessoas sejam entrevistadas e informadas sobre a importância do Censo.
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O trabalho nessa comunidade de Florianópolis integra a ação Favela no Mapa em todas as capitais do país. Trata-se de uma mobilização nacional com apoio da Central Única das Favelas (Cufa) e do Data Favela, para mostrar a importância de dados para políticas públicas e outras. Não é uma fiscalização.
O IBGE define favelas como “Aglomerados subnormais”. Embora Santa Catarina seja o Estado do país com menor percentual de pessoas que vivem em favelas, o número desses aglomerados tem crescido e o número de pessoas que vivem nessas regiões também.
A comparação com o Censo de 2010 mostra que o problema se agravou em Santa Catarina, com acréscimo em 2022 de 0,28 ponto percentual de moradores em favelas.
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Mapeamento prévio para este censo apontou que o Estado tinha 171 aglomerados subnormais em 31 municípios, em 2019. A maior concentração estava em Blumenau (42) e Florianópolis (28).
Até janeiro de 2022, o novo censo apurou que 105 mil catarinenses vivem nessas áreas de habitação, o que corresponde a 1,49% da população recenseada e 0,73% da população de aglomerados subnormais do país, que tem 14,4 milhões de pessoas nessas condições.
Em 2010, no censo anterior, 75,7 mil catarinenses residiam em favelas, representando 1,21% da população do Estado e correspondendo a 0,66% do total do país. Naquele ano, o Brasil tinha 11,4 milhões de pessoas nessas condições.
No trabalho que começou às 9h30min de hoje, o recenseadores estão contando com a parceria de lideranças locais para chegar em casas onde as pessoas ainda não falaram para o censo.
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Entre as razões de ainda o país ter pessoas não recenseadas estão o fato de residirem em área de difícil acesso, de alta densidade de moradias, ausência de endereços ou até a decisão de alguns de não darem entrevista para o Censo.
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