Com taxa de desemprego ainda menor, de 5,3% no trimestre encerrado em setembro frente a 5,8% em junho, segundo o IBGE, Santa Catarina enfrenta mais dificuldades para preencher novos postos de trabalho. A queixa de empregadores é quase geral no Estado, mas as dificuldades maiores estão ocorrendo em agroindústrias do Oeste, indústrias do Norte e em serviços para o verão no litoral. Entre as alternativas estão buscar trabalhadores de outras regiões do país e contratar estrangeiros.

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A Coopercentral Aurora, de Chapecó, uma das maiores produtoras de proteína animal do Brasil, está entre as empresas que enfrentam falta de trabalhadores. O presidente da companhia, Neivor Canton, informa que para a expansão de produção de 2022, que vai gerar mais de 3 mil vagas, o plano é buscar trabalhadores do Nordeste. Isso porque os haitianos, que vinham em maior número, estão preferindo ir para os Estados Unidos.

Chapecó também recebe estrangeiros da Venezuela, Senegal e, agora, estão vindo inclusive argentinos. Mesmo assim, falta pessoal qualificado, afirma o presidente da CDL do município, Clóvis Afonso Spohr. Segundo ele, isso acontece em quase todos os setores. A CDL treinava pessoas, mas teve que fechar cursos na pandemia e isso piorou a disponibilidade de pessoas qualificadas para o comércio, observou ele.

Em Joinville, a falta de profissionais é maior na indústria, em especial para as áreas operacionais e técnicas. A Associação Empresarial do município (Acij) fez um levantamento dos números e lançou o programa Joinville Emprega + para formar pessoas a fim de minimizar o déficit. Entre os bairros que contam com cursos estão Jardim Paraíso, Jardim Iririú, Paranaguamirim e Adhemar Garcia. 

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No litoral, entre as cidades com falta de candidatos para preencher vagas estão Balneário Camboriú, Itapema e Penha. Hotéis e restaurantes trabalham com equipes incompletas.

Segundo a Pnad do IBGE, no trimestre finalizado em setembro, SC tinha 207 mil desempregados, 21 mil a menos do que no trimestre anterior. Contudo, a maioria das pessoas que não consegue colocação precisa de formação adequada para as funções oferecidas.