Instituição filantrópica que faz a gestão de três serviços estratégicos de saúde para o Estado de Santa Catarina – tratamento de câncer, hemocentro e Samu – a Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon (FAHECE) celebra 30 anos de atividades, completados nesta sexta-feira, 15 de março. Além desses serviços que presta com eficiência, a fundação vai oferecer ainda este ano exames para aparelho digestivo e realiza pesquisas na área de oncologia.
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De acordo com o presidente da diretoria executiva da FAHECE, o médico-cirurgião Alvin Laemmel, o objetivo é instalar um Centro de Diagnóstico, que inicialmente fará exames de endoscopia e colonoscopia, que são preventivos para câncer no aparelho digestivo.
Outro diferencial é a realização de pesquisas ligada a aplicação de medicamentos, feita por equipes de residência médica. Segundo ele, a celebração de um contrato de maior prazo com o Estado para o atendimento ao Cepon, de cinco anos, abre oportunidade para novos projetos.
Foco na qualidade dos tratamentos
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– A fundação hoje comemora 30 anos. Ela foi criada lá em 1994. O objetivo foi justamente relacionado ao tratamento do câncer porque as medicações eram muito caras e para evitar aquela burocracia toda que existia para aquisição de medicamentos caros através do Estado, a fundação foi criada para facilitar, agilizar essa cadeia. O paciente não podia parar o tratamento do câncer aguardando uma licitação, três licitações, quatro licitações. A fundação foi criada para isso. Por isso o nome é Fundação de Apoio ao Cepon – destaca o presidente da diretoria executiva da FAHECE, o médico-cirurgião Alvin Laemmel.
De acordo com o diretor, esse trabalho no Cepon trouxe junto a demanda dos cuidados com o sangue, em função das leucemias. Por isso, a fundação acabou assumindo também o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc).
– Como havia uma intercessão entre as leucemias, leucoses, doenças oncológicas e a transfusão de sangue, apoiou-se também essa área do sangue, que é essencial que seja de domínio do Estado. Então, isso agilizou o processo, melhorou a assistência da população e, com certeza, se não fosse o Cepon e o Hemosc da forma como estão hoje, nós não teríamos o nível de qualidade de atendimento e de eficiência no tratamento dessas doenças tão graves, tão urgentes – explica Alvin Laemmel.

O histórico de eficiência levou o governo do Estado, em 2022, a transferir para a FAHECE também os serviços do SAMU, de Unidades de Suporte Avançado (USA). E, em 2023, o governo do Estado lançou o serviço de Motolância no município de Balneário Camboriú, onde o deslocamento de veículos, muitas vezes, fica parado pelo tráfego intenso.
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Trajetória celebrada no aniversário
A diretoria executiva e conselheiros da FAHECE promoveram um evento comemorativo aos 30 anos da fundação, na noite de sexta-feira, no Hotel Majestic. Entre os presentes, fundadores da instituição e autoridades, como a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, o deputado estadual Mario Motta, médicos e executivos das áreas de serviços.
Carmen Zanotto contou que participou da origem da FAHECE porque fazia parte do Conselho Estadual de Saúde na época. Segundo ela, houve resistências ao modelo naquela fase, percalços pelo caminho, mas a gestão compartilhada se mostrou exitosa.
– O formato permite mais agilidade na gestão das unidades, e isso se reflete na qualidade dos serviços que temos no Cepon, no Hemosc e agora, mais recentemente, no Samu – destacou a secretária, que foi uma das homenageadas no evento pelo trabalho que realiza como conselheira.

Uma das fundadoras da FAHECE, a advogada Déa Bornhausen, não pôde participar do evento por problema de saúde, mas fez questão de mandar a filha Fernanda representá-la. De acordo com Fernanda, o trabalho de convencimento do médico oncologista Alfrego Daura Jorge, que curou o irmão dela de uma leucemia, foi fundamental para criar o movimento que resultou na FAHECE.
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Como é uma instituição sem fins lucrativos, a FAHECE é liderada por voluntários. Eles compõem o conselho curador, a diretoria executiva e o conselho fiscal. E todos os atos são acompanhados pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC).
Estatística comprova eficiência
Em um serviço público, com demandas constantes e custos elevados, não é fácil avaliar se a qualidade está dentro do esperado, supera ou fica aquém.
Mas o modelo de serviço sem fins lucrativos e com planejamento já foi reconhecido em premiações e também teve eficiência comprovada no complexo estudo estatístico feito pelo Tribunal de Contas do Estado, denominado “Análise Econométrica da Eficiência dos Hospitais Estaduais de Santa Catarina: Um Comparativo entre Modelos de Gestão”. Essa análise feita em 2017 colocou o Cepon como hospital-referência estadual na gestão da eficiência do gasto público na saúde.
O novo serviço que está sendo organizado, para exames no aparelho digestivo, prestará serviços ao SUS. Alvin Laemmel destaca que esses exames são importantes no tratamento preventivo, porque evitam que sinais iniciais, com pólipos, se transformem em câncer mais tarde.
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Essa não é a primeira iniciativa da fundação na área de exames. Desde 2019, ela tem um laboratório próprio de anatomia-patológica, sediado no prédio do almoxarifado, seiguado na SC-401.
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