Diante da projeção de aumento da dívida pública de 77% do Produto Interno Bruto (PIB) para até 90%, a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) vê o ano de 2023 como desafiador. Para o presidente da entidade, Sérgio Rodrigues Alves, essa situação vai forçar o governo federal a criar linhas de crédito para fazer a economia girar e não estagnar.
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Em análise divulgada nesta quinta-feira para a imprensa, o presidente da entidade mostra preocupação com o crescimento do gasto público em função da PEC para o pagamento do futuro Bolsa Família, que ele denomina de “PEC do Fura Teto”.
Ele mostra preocupação com a expectativa de crescimento de gastos públicos, enquanto o setor privado deseja economia aberta e menos dependente da política. Contudo, Sérgio Alves afirmou não acreditar em aumento de impostos. Apenas, no aumento de gastos públicos.
Sobre o desempenho da economia do ano que está no fim, Sérgio Alves avalia como positivo. Chama a atenção para o fato de a economia brasileira ter crescido mais do que as maiores economias do mundo.
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– O Brasil cresceu mais que os países do grupo das sete maiores economias do mundo (G7) e cresceu mais que a China no primeiro semestre de 2022. Ainda que o cenário político devido às eleições tenha sido conturbado, a economia deu sinais da retomada pós pandemia – analisou Sérgio Alves.
Para ele, são indicadores positivos deste ano as projeções de crescimento de 2,8% do PIB e a queda da inflação, entre outros.
Sobre Santa Catarina, o presidente da Facisc avalia que a economia é pujante, com índices invejáveis e povo trabalhador.
– Mesmo com todas essas características, também temos as nossas deficiências, muitas delas por falta de investimentos federais. De tudo que repassamos ao Governo Federal não recebemos mais que 8% de retorno para investimentos na nossa infraestrutura – disse o empresário.
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Quanto às expectativas para o novo governo estadual, de Jorginho Mello, Sérgio Alves disse que não há dúvida que será uma gestão por resultados, com secretários competentes e preparados para as suas funções.
-Tudo indica que o governador Jorginho possa ter resistência no contexto Federal por fazer parte de uma ala oposicionista ao Governo PT, mas sua habilidade política saberá contornar essas resistências – comentou o presidente da Facisc.
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