Caso o país e o Estado tivessem recursos ilimitados para infraestrutura, Santa Catarina seria, literalmente, um canteiro do obras. É isso que se conclui diante da lista de prioridades regionais da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) apresentadas ao Fórum Parlamentar Catarinense em reunião nesta sexta-feira, na sede da entidade, em Florianópolis.

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A relação inclui desde rapidez na conclusão do contorno da região da capital, duplicação das BRs 470 no Vale e 280 no Norte, até nova ponte entre Itapiranga e Barra do Guarita, no Rio Grande do Sul. A entidade aproveitou o encontro para alinhar a nova edição do documento Voz Única, que entrega aos candidatos a cada eleição. 

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– Tivemos a oportunidade de estreitar relacionamento da classe produtiva com a classe política e, principalmente, num Estado como o nosso que é carente numa série de recursos e a infraestrutura é a maior necessidade. Temos vários pleitos de todas as regiões e esse alinhamento é importante porque Santa Catarina se destaca cada vez mais no âmbito produtivo nacional – afirmou Sérgio Rodrigues Alves, presidente da Facisc.

Tendo à frente a presidente do Fórum, a deputada federal Ângela Amin, participaram da reunião a vice-governadora Daniela Reinerh e os senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello. Entre os deputados presentes, Carmen Zanotto, Caroline de Toni e o Coronel Armando. Marco Aurélio Bertaioli, deputado federal de São Paulo, fez palestra sobre o avanço da agenda para melhorar as condições para se fazer negócio no Brasil.

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– Ouvimos as principais reivindicações de cada região do Estado. Existem pendências, mas também soluções. A maior parte das pendências é sobre infraestrutura. Temos, ainda, gargalos grandes apesar de contarmos, este ano, com o maior volume de recursos da União previsto para estados. Isso é fruto do trabalho do fórum para recomposição do orçamento. O montante previsto inicialmente para SC era R$ 268 milhões, foi cortado para R$ 135 milhões, mas recuperamos para R$ 272 milhões. O segundo estado é a Bahia, com R$ 185 milhões – explica Ângela Amin.

Segundo ela, essa recuperação de recursos trouxe esperança, mas o mais preocupante é o ritmo devagar em que as obras federais estão sendo executadas. A Facisc tem 12 regionais no Estado. Cada uma faz uma relação de prioridades de obras considerando as maiores demandas.

A propósito, o problema de infraestrutura é tão relevante para o setor produtivo catarinense e as obras demoram tanto para se tornarem realidade que essa pauta tem sido reeleita em cada elaboração de documento com reivindicações enviado aos políticos. Uma forma de acelerar mudanças nesse quadro é avançar em privatizações. Um exemplo é o Aeroporto Hercílio Luz, de Florianópolis, feito numa concessão vencida pelo grupo suíço Zurich. 

Além de obras em rodovias estão cobranças por ferrovias, como a litorânea, obras em escolas, recursos para hospitais e redução da máquina pública para reduzir despesas e sobrar mais verbas para investimentos. Leia a lista completa das reivindicações regionais no site www.vozunica.com.br.

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