Quando se fala em decisão sobre consumo, as mulheres são muito influentes. No setor de supermercados, por exemplo, são elas que decidem 80% do total das compras no Brasil. É isso que mostra pesquisa da Connect Shopper, consultoria da especialista em varejo Fátima Merlin. Mas elas não têm a mesma influência na gestão das empresas do setor e em companhias de outros setores porque poucas chegam à presidência ou a diretorias. Uma opção para reverter isso seria a adoção de quotas, como fizeram alguns países. Mas para a maioria das sete empresárias e executivas que participaram de painel sobre liderança feminina nesta terça-feira (25), na Exposuper, em Joinville, as mulheres devem chegar ao topo das empresas por meritocracia e não por quotas.  

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Com mediação da empresária paulista Suzana Sanzovo, as painelistas foram Fátima Merlin, a CEO da Rede Top de supermercados Graziela Schmoller, a diretora Comercial da NSC Comunicação Lorena Peter, a empresária e consultora Zélia Breithaupt Janssen e as escritoras Rosangela Mambrini e Janine Coelho. Foi Zélia quem trouxe ao debate a adoção de cotas para executivas porque se continuar como está hoje, as pesquisas indicam que as mulheres só conseguirão salários semelhantes aos dos homens em mais de 200 anos. Apesar dessa alternativa, ela defende um avanço por competência na gestão das empresas e não por quotas.

Lorena foi a única que defendeu abertamente as quotas. Para ela, a equidade de gênero é importante para as empresas, mas para as mulheres chegarem lá é preciso um plano de ação, não dá para contar apenas com a meritocracia. Já para Fátima, o Brasil poderia adotar quotas temporárias.

— Por um período pontual, sim, talvez poderíamos ter quotas, considerando meritocracia e competência. Com o tempo, isso poderia ser desnecessário – disse a consultora de varejo.

Graziela disse que chegou ao cargo de CEO porque se preparou para a função e se sente realizada. As executivas falaram também da importância das mulheres apoiarem outras mulheres para que um número maior alcance cargo de liderança empresarial.

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Orgânicos

Estela Benetti / Divulgação
(Foto: Estela Benetti / Divulgação)

Expositores da agricultura familiar no espaço da Epagri na Exposuper apresentaram maior diversidade de produtos orgânicos e inovações com vegetais. Brendon de Freitas e Marcos Bez (foto), de Sombrio, levaram frutas e lácteos orgânicos, que produzem e vendem em sistema de cooperativa para supermercados. E a empresa Itália, de Garuva, que atua com conservas, lançou macarrão de palmito em conserva como opção para quem quer perder peso.

Quebrar janelas

O cantor Leo Chaves, fez palestra master nesta terça (25) na Exposuper, em Joinville. Entre os principais conselhos ao auditório lotado, ele recomendou aos profissionais do setor de supermercados “quebrar” janelas, ou seja, falar com as pessoas, dar atenção, abrir portas e janelas. É uma forma de ampliar vendas e ser mais feliz, afirmou ele que falou sempre ao som de uma banda e cantou alguns sucessos da dupla. As palestras motivacionais fazem parte da diversificação da carreira do artista de Belo Horizonte.

Estandes artísticos

Além de grande, a exposição dos supermercadistas, promovida pela associação do setor, a Acats, também tem foco na atratividade e beleza. Por isso, entre os eventos está a premiação dos melhores estandes. A lista de critérios é seguida à risca por um grupo de jurados que usa um sistema no celular para votar cada item. Entre os jurados, o executivo da área cultural Edson Machado, diretor do Instituto Juarez Machado, de Joinville.