Um imóvel compacto, com muitos serviços disponíveis e praticidade. Essa é a lógica dos microaparamentos com áreas de 14 a 25 metros quadrados. É uma tendência que veio do exterior, avançou em São Paulo e também chegou a Florianópolis, onde está despertando alto interesse imobiliário.

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Por enquanto, a única empresa a construir edifícios com esse perfil no Estado e totalmente voltados para locação, é a Parkside, de Florianópolis. Ela começou com esse modelo, chamado nos Estados Unidos de multifamily, com um projeto menor, no Bairro Cacupé em 2019.

Depois construiu um prédio no Sapiens Parque e no último sábado (09) inaugurou um edifício próximo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no bairro Carvoeira, com 24 apartamentos. Em 2024, vai começar construir um edifício com 40 unidades no Centro e outro com 85 unidades no Bairro Trindade.

A empresa foi fundada por dois jovens que estudaram nos Estados Unidos e conheceram esse modelo de negócio por lá: Alexandre Muller e Felipo Paz. Até o nome Parkside foi inspirado em empreendimento de Los Angeles com esse perfil. Atualmente, eles contam com dois sócios investidores, Caio Bonatto e Guilherme Bruno.

O modelo de negócio da Parkside inclui projeto, construção e gestão da locação e serviços. Ela forma um grupo de investidores que destinam de R$ 300 mil a R$ 450 mil para cada unidade. Ela constrói o edifício, decora e coloca totalmente para locação.  

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É um sistema parecido com o de apart hotel, só que para moradia. Os inquilinos não precisam se preocupar com contas de luz, água, condomínio e IPTU. Tudo está incluído no preço.

De acordo com Muller, essa é uma tendência crescente. Nos, Estados Unidos, cerca de 8% a 10% das pessoas moram em empreendimentos multifamily. O aluguel mensal de unidades assim, na cidade de Florianópolis, varia de R$ 1.980 a R$ 3.000, dependendo do tamanho e localização.

– A maioria das pessoas que escolhem esse modelo de moradia é jovem e veio para Florianópolis para trabalhar em empresas de tecnologia. Outros também vieram para estudar, fazer pós-graduação na UFSC. Temos moradores também vindos do exterior, como Canadá e Espanha – informou Alexandre Müller, CEO da empresa.

Prêmio de construção sustentável

Outro diferencial da Parkside é a atenção à sustentabilidade. Tanto as unidades de Carvoeira, quanto do Sapiens Parque, no Norte da Ilha foram edificadas com o método construtivo alemão Wood Frame, muito usado na Europa e EUA. As chapas para paredes e outras partes são fornecidas pela empresa Tecverde, do Paraná. São paredes com várias camadas, incluindo concreto, gesso e madeira, com a mesma durabilidade da alvenaria.

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– Esse nosso prédio na Carvoeira é o mais alto da América Latina usando essa tecnologia Wood Frame. Na semana passada, fomos premiados em fórum brasileiro como segundo melhor projeto ESG do Brasil este ano. É um prêmio concedido pelo grupo GRI. Este é o segundo prédio mais sustentável do Brasil deste ano – destadou Muller.

São vários os diferenciais sustentáveis do empreendimento. Como as paredes são feitas numa fábrica, com esse método construtivo, o processo de produção usa 90% menos água e gera 85% menos resíduos. Além disso, tem a agilidade construtiva e as paredes são térmicas, o que facilita o aquecimento no inverno e a refrigeração no verão, explica o empresário.

Segundo ele, o plano é investir em edifícios assim também em outras grandes cidades catarinenses. A Parkside está estudando os mercados de Joinville, Blumenau e Itajaí.  

Veja outras fotos dos prédios e microapartamentos em Florianópois:

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