Após os consumidores passem a enfrentar altas de preços de materiais de construção e de alimentos, o setor industrial começou a registrar custos maiores de uma série de matérias-primas. Numa situação normal de mercado, esses seriam motivos para elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, com objetivo de evitar a alta da inflação. Mas o Banco Central avaliou que não na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada e explicou as razões na ata divulgada nesta terça-feira.
Continua depois da publicidade
Pesquisadores sugerem novo instrumento para classificação de risco da pandemia em SC
Para a autoridade monetária, a inflação no curto prazo vai subir, mas olhando mais para frente, no longo prazo, o que passou a chamar de prescrição futura, ou no termo em inglês “forward guidance”, a inflação está ainda longe da meta de 4% ao ano para 2020 Após os consumidores passem a enfrentar altas de preços de materiais de construção e de alimentos, o setor industrial começou a registrar custos maiores de uma série de matérias-primas. Numa situação normal de mercado, esses seriam motivos para elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, com objetivo de evitar a alta da inflação. Mas o Banco Central avaliou que não na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada e explicou as razões na ata divulgada nesta terça-feira.
Para a autoridade monetária, a inflação no curto prazo vai subir, mas olhando mais para frente, no longo prazo, o que passou a chamar de prescrição futura, ou no termo em inglês “forward guidance”, a inflação está ainda longe da meta de 4% ao ano para 2020 e não há indícios aumento generalizado de preços.
O comitê sinalizou também que pode haver ainda algum espaço, mesmo pequeno, para reduzir levemente mais a taxa Selic, que está em 2%. É que embora a indústria tenha pressão de alta de preços, o setor de serviços segue com muitas dificuldades para retomar crescimento em função da pandemia e ainda existem muitas empresas e famílias endividadas também devido à crise sanitária. Isso poderá pressionar preços para baixo, o que poderia necessitar de ainda mais estímulo monetário.
Continua depois da publicidade
Conforme a ata do Copom, o Banco Central vê também muitas dificuldades para a retomada de crescimento da economia mundial, especialmente nos países desenvolvidos, onde cresce o número de casos de Covid-19. Em alguns países são vistas novas ondas da doença, o que inibe atividade econômica e o comércio internacional.
Outra preocupação é com o equilíbrio das contas públicas. O setor público segue muito endividado e isso pode ser motivo de desequilíbrio e pressão inflacionária. Mas, por enquanto, as contas estão sob controle, sem causar inflação. Por isso também não é necessário elevar juros. Considerando os prós e contras, o BC não vê razão ainda para mudar a taxa Selic. Então, a expectativa é de que continue em torno de 2% no ano que vem.e não há indícios aumento generalizado de preços.
O comitê sinalizou também que pode haver ainda algum espaço, mesmo pequeno, para reduzir levemente mais a taxa Selic, que está em 2%. É que embora a indústria tenha pressão de alta de preços, o setor de serviços segue com muitas dificuldades para retomar crescimento em função da pandemia e ainda existem muitas empresas e famílias endividadas também devido à crise sanitária. Isso poderá pressionar preços para baixo, o que poderia necessitar de ainda mais estímulo monetário.
Conforme a ata do Copom, o Banco Central vê também muitas dificuldades para a retomada de crescimento da economia mundial, especialmente nos países desenvolvidos, onde cresce o número de casos de Covid-19. Em alguns países são vistas novas ondas da doença, o que inibe atividade econômica e o comércio internacional.
Continua depois da publicidade
Outra preocupação é com o equilíbrio das contas públicas. O setor público segue muito endividado e isso pode ser motivo de desequilíbrio e pressão inflacionária. Mas, por enquanto, as contas estão sob controle, sem causar inflação. Por isso também não é necessário elevar juros. Considerando os prós e contras, o BC não vê razão ainda para mudar a taxa Selic. Então, a expectativa é de que continue em torno de 2% no ano que vem.