A Engie Brasil Energia comunicou que nesta segunda-feira (18) finalizou a venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda para a Fram Capital, controlada pela Diamante Geração de Energia. O valor do negócio ficou em até R$ 325 milhões. Desse montante, R$ 215 milhões foram pagos agora e R$ 115 milhões estarão sujeitos a condições pendentes até o final deste ano.
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Localizado em Capivari de Baixo, Sul de Santa Catarina, o complexo tem capacidade para gerar 857 MW por ano. Conta com três usinas e sete unidades geradoras de energia. Essa capacidade permite atender até 25% do consumo de energia de Santa Catarina.
— A conclusão da venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda é positiva para os planos da Engie de direcionar operações e investimentos aos projetos de energia renovável e infraestrutura de transmissão — afirmou o presidente e diretor de Relações com Investidores da companhia, Eduardo Sattamini.
Segundo ele, a finalização desse negócio com a venda também é importante para a economia da região Sul de Santa Catarina para que se reinvente, possibilitando uma transição socialmente justa, o que não ocorreria se houvesse descontinuidade das operações no curto prazo.
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O sócio da Diamante Geração de Energia, Nicolas Gutierrez Londono, afirma que o Complexo Jorge Lacerda é um pilar importante para o equilíbrio do sistema interligado nacional, em especial para períodos de crise hídrica como o atual.
— A continuidade da operação da Jorge Lacerda foi decidida também devido à sua importância social e econômica, mantendo pelo menos 20 mil empregos diretos e indiretos na região e proporcionando uma movimentação superior a R$ 6 bilhões na economia do Sul de Santa Catarina — comentou Londono.
Com o fechamento desse negócio, a atividade de carvão mineral do Sul de Santa Catarina tem uma perspectiva de maior continuidade. Isso porque a decisão da Engie de encerrar a atividade caso não vendesse estava preocupando boa parte dos setores econômicos, enquanto outros viam uma oportunidade de abandornar essa fonte de energia fóssil no Sul do Estado. Por enquanto, diante da crise hídrica, as usinas a carvão são uma importante fonte de energia firme.
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