A multinacional Engie Brasil Energia, que tem sede em Florianópolis, obteve em 2020 lucro líquido de R$ 2,797 bilhões, 21% superior ao do ano anterior. A receita operacional líquida totalizou R$ 12,259 bilhões, com alta de 25%, e o Ebitda alcançou R$ 6,484 bilhões, 25,7% superior a 2019. Os investimentos do ano somaram R$ 4,013 bilhões.

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Colaboraram para o resultado positivo o bom portfólio, a entrada de resultados de novos negócios como a Usina Termelétrica Pampa Sul e o Conjunto Eólico Umburanas, além da participação da TAG, a Transportadora Associada de Gás. Outro fato positivo foi que a companhia conseguiu repactuar risco hidrológico de R$ 967,7 milhões.

O presidente da companhia, Eduardo Sattamini, disse em durante a pandemia o foco foi garantir o suprimento de energia. Observou que as despesas financeiras cresceram 57,8% devido à ata do IGPM nas correções de dívidas, aumento dos juros e correção monetária. Esses custos maiores serão incorporados nas contas de luz nos próximos anos.

No relatório do balanço, a Engie informou que dará sequência ao plano de descarbonização de ativos. A térmica Pampa Sul terá processo de venda retomado e o futuro do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, Santa Catarina, está sendo analisado por uma comissão liderada pelo governo federal. Mas é certo que a companhia vai vende-lo. Entidades buscam alternativa para manter ativo o setor de carvão que gera mais de 20 mil empregos no Estado.

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A companhia destacou também como fato importante do ano passado o acordo que celebrou com a Natura para a aquisição de créditos de carbono da Usina de Cogeração de Lages. O objetivo é compensar a emissão de 100 mil toneladas de CO2, do inventário de 2019.