Sonho conjunto de 127 agricultores do Oeste de Santa Catarina de levar energia para suas propriedades resultou na criação da Cooperativa de Eletrificação Rural Vale do Araçá, a Ceraçá, em meados dos anos de 1970. Presidida por um dos seus fundadores, José Samuel Thiesen, a cooperativa de infraestrutura se tornou uma organização robusta, que faz de tudo um pouco nas áreas de energia, construção em geral, comércio e serviços, somando 13 diferentes segmentos de atividades.
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Com matriz em Saudades, na região de Chapecó, a Ceraçá fornece energia para 17 municípios da região. Além disso, faz construções empresariais gigantes para o agro, infraestrutura, indústria, comércio e serviços. A Ceraçá conta com cerca de mil colaboradores e fatura mais de R$ 300 milhões por ano.
– O sistema cooperativo do agro, do crédito e dos demais em Santa Catarina tem uma forte cooperação. Onde um tem capacidade o outro contrata. Isso ajudou a Ceraçá desde o início. E outro fato é que eu gosto de negócios. Nós entramos muito na construção civil. Hoje, na Região Sul, eu tenho certeza de que somos os melhores na construção de silos de concreto para guardar grãos – destacou Samuel Thiesen.
Veja fotos de obras da Ceraçá e do presidente da cooperativa, José Samuel Thiesen:
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Segundo ele, a Ceraçá começou com uma mesa e uma cadeira no porão de outra cooperativa. Graças a iniciativas arrojadas, vai completar 50 anos de atividades em 31 de agosto do ano que vem com muitos avanços.
Conforme o presidente, os projetos de fábricas e armazenagens da Aurora e da Alfa são todos feitos pela Ceraçá. Ela também constrói para a Cooperativa Agrária do Paraná e todas as obras da Aurora e Alfa fora de SC. Faz também edifícios para universidades, prédios para bancos e outros.
– Algumas cooperativas de energia nasceram e fecharam por má gestão. Nós somos os moicanos do Oeste. Hoje, desenvolvemos 13 atividades diferentes. Essa diversificação garante o nosso crescimento – disse o presidente.
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A Ceraçá entrou na construção civil porque começou a fabricar postes de concreto para substituir postes de madeira, que tinham pouca durabilidade. Depois, iniciou a produção de pré-moldados, barracões industriais, frigoríficos, silos, pontes e usinas hidrelétricas. Na última década, avançou na construção em geral, fazendo supermercados, edifícios residenciais, universidades, agências bancárias e demais demandas do setor.
Embora tenha começado como distribuidora de energia, a estreia da Ceraçá na geração foi somente em 2006, com a formação da empresa Maue SA, integrada por oito cooperativas, que construíram sua primeira PCH, a Flor do Sertão, com capacidade para gerar 16,5 MW. Também são acionistas da Maue a Aurora, Cooperalfa, Coopercampos, Coperdia, Cooperativa Itaipu, Cooperativa Auriverde e Cooper A1 de Palmitos.
Atualmente, são cinco PCHs em atividade com geração superior a 60 MW. A Ceraçá está construindo a sexta usina da Maue, a PCH Volta Grande, no Rio do Peixe. Conforme Samuel Thiesen, o investimento é de no mínimo R$ 180 milhões para geração de 18 MW e a construção deverá ser finalizada em janeiro de 2025.
Ainda na área de energia, além da distribuição para 5 mil unidades consumidoras no Oeste e geração, a Ceraçá oferece uma série de outras soluções. Na lista estão grupos geradores, construção de usinas fotovoltaicas para geração distribuída, construção e manutenção de redes elétricas, instalação de quadros de comando elétrico e oficina de motores.
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No comércio, a cooperativa atua com lojas para atender seus associados e a comunidade em geral. Começou com materiais elétricos, avançou para materiais de construção e eletrodomésticos. Atualmente, soma sete lojas, um posto de combustível, oficina mecânica para automóveis, motores e automação industrial.
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