Atualmente, as 10 empresas de maior valor de mercado do mundo são da área de tecnologia, tendo no topo a Apple, seguida pela Amazon e Microsoft. Mas daqui a 10 anos, estarão nesse topo as empresas líderes em sustentabilidade. Esse cenário foi traçado pelo professor Daniel Traça, diretor da Nova School of Business and Economics de Lisboa, em palestra durante o Fórum Radar Reinvenção, que abriu ontem e se encerra hoje, numa iniciativa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
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Segundo o especialista português, as inovações disruptivas estão muito mais aceleradas atualmente. Para vencer esses desafios, ele avalia que as empresas devem seguir três princípios: estar orientadas por um propósito; capacitar equipes e dar autonomia a todas as pessoas; e buscar a disrupção constante, empoderando as pessoas para terem ideias novas e espaço para crescer internamente.
Para mostrar as mudanças proporcionadas pela aceleração tecnológica, o economista citou como exemplo um caso de inteligência artificial (IA) no Direito. Segundo ele, um grupo de 20 juristas foi convidado a encontrar erros em determinado número de contratos, ao mesmo tempo em que um sistema de inteligência artifical, com experiência de três anos, faria o mesmo. Enquanto os advogados encontraram 85% dos erros em 92 minutos, o sistema tecnológico encontrou 94% dos erros em 25 segundos.
– Todo o progresso dos últimos 150 aos tem a ver com tecnologia, começando pela máquina a vapor, depois a eletricidade e por aí afora. O que nós sabemos é que a tecnologia está muito mais disruptiva do que no passado – observou Traça.
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Segundo ele, atualmente o setor de tecnologia conta com capital ilimitado, talento ilimitado porque atrai profissionais do mundo todo e tem também mercado ilimitado porque é muito mais fácil vender em diversos países. Esse é um cenário que empresas precisam considerar nas suas decisões.
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