Grupo de 10 empresários do setor de carnes de frango e suíno tem reunião na tarde desta quinta-feira (12) com representantes da Diretoria de Administração Tributária (Diat) da Secretaria de Estado da Fazenda. Eles lutam para esses produtos serem incluídos no projeto de rescaldo após a alíquota de ICMS ter subido de 7% para 12% em Santa Catarina com o corte de incentivos fiscais.

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Segundo o produtor Miguel do Valle, do frigorífico Irmãos do Valle, do Oeste de SC, caso o governo não compense o desequilíbrio de ICMS, cerca de 250 frigoríficos catarinenses vão perder o mercado, gradativamente, para fornecedores do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Isso porque o quilo da carne suína ficou R$ 0,85 mais caro quando o fornecedor é catarinense.

— Se a gente perde venda quando o custo do quilo da carne é R$ 0,05 mais caro, imagina R$ 0,85. Em commodity as margens são muito baixas. O mercado vai mostrar para o secretário da Fazenda, Paulo Eli, que é ele que está errado. Só que poderá ser tarde — alerta do Valle.

Conforme o empresário, pequenas empresas do Simples, que são a maioria dos clientes, compra o mais barato. E será mais barato comprar de outros Estados. Isso vai gerar crise no setor, com perda de empregos, movimento econômico e de arrecadação.

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