Principal entidade que representa o associativismo empresarial voluntário de Santa Catarina, a Federação das Associações Empresariais do Estado (Facisc), elegeu por aclamação, na tarde desta segunda-feira (30), a sua diretoria para mandato de três anos. O empresário do setor lojista Elson Otto, do município de Palmitos, no Extremo Oeste catarinense, vai suceder o industrial Sérgio Rodrigues Alves, de Joinville, que assumirá a presidência do Conselho Superior da entidade.
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A solenidade de posse será dia 23 de novembro e o início da gestão será em 01 de janeiro de 2024. A chapa principal tem como primeira vice-presidente a empresária do setor industrial Rita Conti, de Brusque. O segundo vice-presidente, empresário do setor de tecnologia de Criciúma, César Smielevski, foi reeleito para o cargo.
Elson Otto elogiou o processo sucessório, conduzido pelo ex-presidente da Facisc e membro do conselho superior da entidade, Alaor Tissot. Dias antes, foram realizadas as eleições dos vice-presidentes das 12 regionais da entidade.
Graduado em Ciências Contábeis, 58 anos, Elson Otto começou a carreira aos 13 anos, atuando na rede varejista Casas Pernambucanas em São Paulo. Mais tarde, mudou para Palmitos, empreendeu e é sócio de empresa familiar com cinco unidades de negócios no varejo: Lojas Bom Sono, Loja Paulista e Loja H-1.
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Nessa trajetória, ele sempre atuou no associativismo e comemora o fato de ser o primeiro presidente da Facisc do Extremo Oeste e o primeiro que tem origem em associação empresarial com até 300 associados, a de Palmitos. Saiba mais na entrevista exclusiva que concedeu para a coluna após a eleição desta segunda-feira:
– Após muitas eleições com oposição, até com inscrição de duas chapas, esta foi tranquila, com a Facisc unida. A que o senhor atribui esse consenso?
– São 149 votos, um de cada associação da base da Facisc. A indicação do meu nome foi do próprio presidente Sérgio Rodrigues Alves, com apoio do conselho superior. Aí, ficamos todos unidos, no mesmo lado, e não teve disputa.
Houve união nos últimos três anos com trabalho sério da atual gestão. Isso fez com que a classe empresarial, os associados, tivessem confiança na continuidade do trabalho do presidente Sérgio Alves.
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– O senhor assume logo após a entidade chegar a 40 mil empresas associadas. O que representa esse número para a Facisc?
– Tivemos um ano de várias conquistas não só no número considerável de associados, mas também nos trabalhos e soluções que foram disponibilizadas aos associados. Foi justamente pelo grande número de soluções que apresentamos aos associados. Além disso, tivemos com o presidente Sérgio Alves uma representatividade muito grande. Isso fez com que o empresário acreditasse no nosso sistema.
Na sua gestão, o senhor incluiu nomes fortes na diretoria. Pode comentar sobre a nova composição?
– Nós temos 12 vice-presidências regionais. Nossa diretoria é composta por 33 cargos. Fizemos uma renovação de 55% para essa nova gestão. São cargos técnicos. Só pode participar da diretoria quem foi presidente de uma associação empresarial.
A primeira vice-presidente é a Rita Conti, de Brusque. E o segundo vice-presidente é o César Smielevski. Temos os vice-presidentes regionais e os diretores setoriais.
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O que o senhor vai priorizar na sua gestão?
– Voi priorizar atenção às pequenas associações, uma vez que eu venho de uma pequena associação. Do total das nossas associações do Sistema Facisc, 72% têm menos de 300 associados.
Eu venho da associação de Palmitos que tem essa característica. Na Facisc, todos os presidentes vieram de associações grandes. Além disso, pela primeira vez o Extremo Oeste assume a presidência da federação. É a primeira vez em 52 anos que isso acontece. Eu serei o 18º presidente da entidade.
A Facisc tem uma série de bandeiras, destacadas no documento Voz Única. Elas terão continuidade?
– Sim! O nosso foco continua sendo principalmente, a infraestrutura. Vamos seguir o Voz Única. Também defendemos a redução da carga tributária, melhor distribuição dos tributos arrecadados. Temos também as reivindicações regionais e locais. Aqui no Oeste temos a ponte de Itapiranga, por exemplo.
Mas, no geral, o papel principal do presidente é buscar o fortalecimento de negócios. Vamos elaborar alguns projetos. Meu papel é de vendedor. Vamos buscar programas para fortalecer os negócios dos nossos associados.
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A Facisc conta com oferta de serviços para as associações, muitos são diferenciais que atraem associados. O que vem de novo nessa área?
– Nós estamos fazendo uma parceria agora com a Mastercard. Teremos um cartão com a bandeira, que pode ser utilizado em todo o país. Até então tínhamos o nosso cartão Útil, que é focado no desenvolvimento econômico local. E agora passamos a ter um novo cartão, chamado de Bee benefícios flexíveis, com atuação nacional. Foi uma luta que o presidente Sérgio Alves conseguiu avançar.
Como o senhor está vendo o cenário brasileiro para as empresas?
– Nós temos um crescimento de arrecadação, só que, na ponta, a gente vê um baixo consumo. O consumo diminuiu. Acho que aumentaram muito os preços de mercadorias, mas o consumo está pequeno, os nossos negócios estão vendendo menos, principalmente em setembro e outubro.
Como avalia o movimento associativista empresarial, no qual está inserida a Facisc?
– Nosso movimento é de associativismo voluntário. Nossas lideranças, nossos vice-presidentes regionais fazem isso com o coração, por acreditar no associativismo por acreditar que nós conseguimos fazer uma economia mais legal, não só no nosso município, mas também no Estado e no Brasil.
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Eu participo do movimento associativista empresarial há 32 anos e há 10 anos estou na Facisc. Presidi duas vezes a Associação Empresarial de Palmitos e também fui vice-presidente regional da federação.
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