Colaborar com o Papa Francisco como Cônsul Honorário da Ordem de Malta, do Vaticano, é a nova função voluntária o empresário Marcelo Vieira, de Florianópolis. Ele assume esse cargo domingo (11), em Roma, em evento com a alta cúpula da nação católica.

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A função é nobre, colaborar para resolver conflitos em qualquer parte do mundo, para que a humanidade tenha mais paz e harmonia. Indicado por um amigo, Marcelo Vieira já está atuando em uma missão internacional, embora ainda não tenha sido empossado pelo Vaticano.

Fundador e sócio do grupo empresarial OWTs, que atua com tecnologia, seguradora e geração de energia, ele nasceu em Mafra, no Norte de SC, mas está radicado em Florianópolis desde os 15 anos. Os pais faleceram cedo, de causas naturais, por isso ele veio morar com o irmão mais velho na capital. Começou a trabalhar cedo – atuou na Fundação do Meio Ambiente do Estado (ex-Fatma), no setor de call center e em multinacional do México -, depois empreendeu e hoje seus negócios dão autonomia também para ser voluntário em missões humanitárias. Foi incentivado pelo amigo e aceitou o desafio. Saiba mais na entrevista a seguir:

Como o senhor recebeu o convite para ser cônsul do Papa Francisco?

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– Um amigo identificou esse potencial em mim e disse que um dia que me apresentaria para o pessoal do Vaticano (estado que lidera a Igreja Católica no mundo) para atuar como cônsul deles. Ano passado eu estava em Roma com a minha esposa e encontramos esse amigo lá.

Ele quis saber mais sobre minha história de vida. Contei que perdi meus pais cedo, vim morar em Florianópolis e depois fiz carreira como trabalhador e empresário.

Ele falou para eu mandar o currículo. Também me convidou para visitar o Vaticano. No último dia, me convidaram para uma vaga na carreira diplomática. A última vaga que eles preencheram de cônsul foi em 2021. Eles não ficam procurando preencher. É quando aparece uma indicação.

Que funções o senhor vai desempenhar para o Vaticano?

– Eles entenderam que hoje o Vaticano tem muitas situações de conflito, que envolvem questões humanitárias pelo mundo que caem no colo deles para resolver. Eles entenderam nos últimos anos, principalmente com esse novo Papa, que para resolver essas questões, eles precisavam de gente que tem uma liberdade financeira para se deslocar.

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De preferência, que empresários com capacidade de fazer negociações. Por caso do acaso, eu tenho esse perfil. Então, a ideia é que a gente tome conhecimento de conflitos que estão acontecendo e assuma algumas tarefas para resolvê-los. É um cargo voluntário em que o cônsul investe seus recursos para pagar as viagens.

Então, a sua experiência de vida ajudou na escolha do seu nome?

– Desenvolvi algumas atividades na minha trajetória que ajudaram a identificar potencial para esse trabalho. Isso porque muitas vezes ele envolve a busca de solução de conflito que não é religioso, não é uma missão católica. Eu sou católico, mas não praticante. Eles precisam de alguém que fala alguns idiomas, tenha habilidade para negociar, para resolver determinadas situações.

Sou fluente em espanhol porque trabalhei em empresa mexicana na América Latina. Também me comunico bem em inglês. Isso é importante porque em algumas tarefas eu preciso conversar com chefes de Estado, ministros de estado.  

Qual será a primeira missão que vai desenvolver?

– Eu já estou participando de uma missão bem importante, trabalhando na solução de um conflito. Mas eu ainda não posso falar o que é. Acredito que mais adiante poderei revelar.

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Meu trabalho como cônsul da Ordem de Malta não tem nada a ver com política no Brasil. É totalmente internacional. No começo de abril farei nova viagem desse trabalho em missão no exterior.  

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