Uma vida com momentos difíceis e outros maravilhosos, com o empreendedorismo na Frangos Macedo, trabalho voluntário, um casamento, quatro filhos, 10 netos. Para revelar essas vitórias e emoções, a empresária Ester Macedo, 73 anos, lançou neste domingo (14) o livro “Estações Entrelaçadas: Nunca esquecerei as mulheres que já fui”. Em entrevista exclusiva para a coluna, ela falou sobre o livro e trabalhos atuais.

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– Hoje eu decreto que não serei mais figurante. Vou ser protagonista de uma vida intensa e plena – escreveu ela em um dos poemas, intitulado “Medos”.

O evento de autógrafos contou com a participação de lideranças políticas, da literatura, amigos do terceiro setor e familiares na L´ile Brasserie, em Florianópolis.

Entre os presentes, o prefeito Topázio Neto, que foi diretor financeiro da Macedo e revelou lição que aprendeu com a então vice-presidente da empresa, Ester Macedo: ter foco em apenas uma missão de cada vez. Também participou do evento a secretária de Turismo de Florianópolis, Zena Becker.

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Veja fotos do lançamento do livro de Ester Macedo:

Do mundo da literatura, estiveram Yula Jorge, jornalista e escritora, sobrinha-bisneta de Cora Coralina, que escreveu a primeira orelha do livro; Maria Dolores Oenning Andrade, presidente da Academiade Literatura Internacional (Acali); Teca Mascarenhas, titular da Academia Catarinense de Letras; e Ana Lavratti, editora do livro “Estações Entrelaçadas”.  

O neto Rodolfo Macedo do Prado fez homenagem para avó em nome da família e o irmão mais velho da escritora também falou. A receita com a venda dos livros será toda revertida para a Associação Mantenedora do Apoio (AMA), que representa o Centro de Valorização da Vida (CVV), em Florianópolis). A obra pode ser adquirida na Siqlo Tabacaria, no Beiramar Shopping.

O novo livro de Ester Macedo mostra o protagonismo nas diversas situações da vida, revelando a sensibilidade com poesias e prosas. Também destaca a família, o marido José Ferreira de Macedo, pai dos quatro filhos, que faleceu em 2021. Saiba mais na entrevista a seguir:

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Por que a senhora decidiu lançar este livro e porque em forma de poesia?

– Eu estou contando um pouco da minha história em forma de prosa e poesia porque achei que seria mais interessante assim. Acredito que a poesia vai tocar no coração de muita gente. Quase todas as pessoas, principalmente as mulheres, passam por momentos difíceis e espero ajudar, não como um livro de autoajuda, lógico. Espero que elas reflitam e se sintam melhores após ler as minhas poesias. Que se sintam inspiradas a escrever, se for a vontade delas.

Este não é o seu primeiro livro. Já escreveu um sobre a história da sua família. Vem mais um aí?

– Há quase 20 anos eu escrevi um livro sobre genealogia das famílias da minha origem e da origem do Macedo. Este, Estações Entrelaçadas, é o segundo livro. De repente me inspirei e foi. Por enquanto, não tenho mais um livro programado.

Além de cofundadora e vice-presidente de uma grande empresa, a Macedo Agroindustrial, a senhora também é uma pessoa muito estudiosa. Fez graduação em matemática, que é um curso difícil, depois fez administração e filosofia. Gosta de estudar?

– Eu adoro estudar e acho que a gente vai evoluindo com o tempo. Vai estudando e evoluindo na forma de viver. O estudo me traz melhorias na forma de viver. Isso porque quando se chega na idade em que eu estou, não dá para pensar em muitas tarefas. É preciso focar em coisas que vão te deixar um pouco melhor.

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Na sua trajetória empresarial, na empresa que fundou ao lado do marido, o que foi mais difícil e o que foi mais fácil?

– Tivemos a empresa durante 35 anos (a Frangos Macedo foi vendida em 2008). Ela enfrentou diversos momentos difíceis, mas muitos momentos maravilhosos. É como tudo na vida. É como os filhos, que passam por momentos melhores, outros mais difíceis. A empresa, para nós, foi, de certa forma, como um filho que eu e o Macedo criamos. Aliás, foi ele quem liderou e eu fui atrás.

Mas a senhora é da família Koerich (neta do empreendedor Eugênio Raulino Koerich), tem a cultura empresarial no DNA…

– Olha, quem tinha essa cultura empreendedora no DNA era realmente o meu marido, o José Ferreira de Macedo. Mesmo eu sendo uma Koerich, era ele que tinha vocação industrial no DNA.  

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O que está priorizando na sua agenda de trabalho atualmente?

– Eu estou focando em trabalhos voluntárias, que vão trazer algum conforto para as pessoas. Estou amando muito isso. Comecei a trabalhar no Centro de Valorização da Vida (CVV) vai fazer quase dois anos. Estou achando esse trabalho maravilhoso. Não é só com o outro que você vai trabalhar, mas é também com você.  

Há quanto tempo a senhora está no trabalho voluntário?

Eu estou atuando como voluntária há bastante tempo. Estou no Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icom) há 18 anos. Sou conselheira lá. Além disso, também participo da Academia Internacional de Literatura, que não é propriamente um trabalho, mas um culto ao livro.

Agora, no CVV, é um trabalho diferente. Quanto tinha a empresa, o negócio era mais financeiro, nós participávamos financeiramente. Agora, estou participando, de certa forma, financeiramente, mas mais integrada ao próprio trabalho do CVV.

Depois que vocês venderam a empresa vocês passaram a investir em outras áreas. O que estão priorizando agora?

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– Nós estamos fazendo algumas Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs) com alguns terrenos que tínhamos. Atuando no setor imobiliário. Eu e o meu filho Jéster administramos. Tenho quatro filhos. Um que mora nos Estados Unidos (Jóster), um que mora aqui (o Jéster) e as duas filhas que também residem em Florianópolis, a Josester e a Joster Natacha.  

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