Centenas de empresários de todas as regiões do Estado, lideranças do setor privado e políticas participaram, na manhã desta sexta-feira, da solenidade de entrega da Ordem do Mérito Industrial de SC pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Florianópolis. O evento foi marcado pela emoção e valorização da atividade industrial.

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O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, falou sobre a relevância da indústria por gerar um de cada três postos de trabalho de carteira assinada e responder por 26% do PIB estadual.

– A indústria gera dignidade em larga escala. Muito mais do que de máquinas, a indústria é feita por pessoas, trabalhadores e empresários abnegados, destemidos e otimistas. Diariamente, esses industriais depositam toda a sua energia para construir um futuro melhor não só para suas empresas, mas para a enorme quantidade de famílias que deles dependem. Além disso, incrementa a economia ao demandar aos demais setores de transportes, gerando renda, movimentando o comércio e os serviços – explicou Aguiar.

Neste ano, receberam a comenda catarinense os industriais Antônio Pavei, de Criciúma, fundador da Pavei Empreendimentos; Daniela Tombini, de Caçador, fundadora da Daniela Tombini; Ernesto Zortea, fundador da Estrutural Zortea, de Campos Novos; Felipe Hansen, presidente do conselho de administração da Tigre, de Joinville; e Walter Osli Koerich, fundador da Wkoerich Imóveis, de Florianópolis.

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A comenda nacional, da CNI, foi para o presidente do conselho da Portobello, César Gomes Junior. Pela primeira vez, uma mulher discursou em nome dos cinco homenageados pela Fiesc. A empresária Daniela Tombini afirmou que Santa Catarina é um Estado notadamente industrial, com base na cultura familiar. Conta com inúmeras histórias de determinação e superação.

– É com muita honra que hoje também represento a força da empresária catarinense. Sim, temos uma indústria forte, de característica familiar e, desde o início sempre contamos com mulheres protagonistas. Sozinhas ou no lado dos seus esposos, constituíram famílias e indústrias que, muitas vezes, se fundiam como se fossem uma única organização – disse Daniela Tombini.

Para mostrar que a relevância feminina na indústria sempre existiu em SC, a empresária citou dois exemplos de mulheres viúvas que lideraram indústrias: Johanna Altenburg e Adelina Hess de Souza. As duas lideraram negócios no setor de confecções ao mesmo tempo em que tinham que criar seus filhos.

Cesar Gomes, homenageado pela CNI, contou que participou, junto com o pai, Cesar Bastos Gomes, da fundação e instalação da empresa de revestimentos cerâmicos Portobello.

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– Ao longo dos 43 anos da nossa história, vivendo os mais diversos ciclos da economia brasileira e mundial, encaramos todos os desafios com confiança, acreditando nos valores dos empresários e trabalhadores catarinenses – disse César Gomes.

– Nossa empresa nasceu e crescer com as características do modelo catarinense. O sonho do empreendedor buscando inovação, excelência em produtos e serviços. Essa, sem dúvida, eu acho que é a a grande marca de todos nós catarinenses, sobretudo de nossas empresas – completou presidente do conselho da Portobello.

O vice-presidente da CNI, industrial gaúcho Gilberto Petry, que representou o presidente da confederação Robson de Andrade, defendeu a realização da reforma tributária com urgência. Lembrou que já faz dois anos e meio que o último projeto de reforma tributária foi enviado ao Congresso pelo governo.

Entre as autoridades presentes também estiveram o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, representando o governador Carlos Moisés, os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL), e o industrial Edvaldo Ângelo, que coordenou as homenagens este ano.

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