Sempre presente com sugestões a candidatos de cargos eletivos para melhorar o Estado, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) lançou nesta segunda-feira a Carta da Indústria com as prioridades do setor aos próximos mandatos estadual e federal. A entidade reforça que a indústria é “o motor” do crescimento e propõe a criação do Conselho Permanente de Desenvolvimento de Santa Catarina. A carta foi apresentada aos partidos e as propostas serão debatidas pelos candidatos no evento Diálogo da Indústria, dia 22 deste mês, às 9h30min.
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Conforme a Fiesc, o evento terá a presença dos sete candidatos que têm representação na Assembleia Legislativa de SC (Alesc). Participarão Carlos Moisés (Republicanos), Décio Lima (PT), Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (União Brasil), Jorge Boeira (PDT), Jorginho Mello (PL), Odair Tramontin (Novo).
– A indústria tem o poder de alavancar os demais segmentos, incorporar novas tecnologias e gerar inovações – em resumo, é o motor do desenvolvimento – afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, ao apresentar a carta do setor.
Uma novidade no documento é a sugestão de criação de um Conselho Permanente de Desenvolvimento de Santa Catarina. A função desse novo colegiado seria aprofundar parcerias entre empresários, trabalhadores, instituições de ensino e pesquisa e o setor público visando planejamento e desenvolvimento.
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– Ao institucionalizar o Conselho, Santa Catarina terá a oportunidade de voltar a planejar seu futuro de maneira consistente e integrada, alinhando objetivos e interesses em favor de um projeto robusto de desenvolvimento. Mais do que planejamento de governo, precisamos de planejamento de Estado – justifica Aguiar.
A Carta da Indústria, que pode ser acessada no endereço fiesc.com.br/carta, tem novamente entre os destaques a necessidade de mais investimentos em infraestrutura, em especial de transporte e cobra a reforma tributária.
Reforça também a necessidade de maior qualidade da educação, inovação, planejamento de longo prazo, competitividade, internacionalização da economia, melhoria do ambiente para negócios e mais oferta de capital para investimentos. Além disso, defende pautas nas áreas trabalhista e ambiental.
Para a Fiesc, o momento atual no mundo é de oportunidades e desafios em função das mudanças climáticas, transformações tecnológicas e nova geopolítica global. Santa Catarina precisa estar preparada para aproveitar as oportunidades e avançar em desenvolvimento econômico e social.
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Na opinião da indústria, em infraestrutura o Estado precisa de um planejamento integrado e sistêmico para investir e superar os gargalos atuais. Uma das ações necessárias é um banco de projetos.
E para enfrentar os gargalos na educação, a Fiesc defende que o setor público ofereça à população educação plena em todos os níveis, com ênfase para as novas tendencias e necessidades do mercado, priorizando ciência, tecnologia e inovação.
– Sem um salto na educação básica e na educação profissional não poderemos contar com recursos humanos capazes de conduzir as transformações necessárias. Nesse sentido, a indústria, por meio do Senai, se coloca como parceira do setor público para atendimento das necessidades de educação e qualificação profissional. Mais do que formar pessoas para o setor produtivo, a educação para o mundo do trabalho é um meio de inclusão social e de elevação da qualidade de vida da população – enfatiza a Fiesc na Carta.