A multinacional portuguesa EDP, maior acionista da Celesc por meio da sua controlada, a EDP Brasil, comunicou ao mercado nesta quinta-feira que vai fechar o capital da sua unidade brasileira na bolsa B3. Contudo, informou hoje para a coluna, em nota, que não há mudanças na estratégia de investimentos da empresa, o que significa que manterá sua participação acionária na estatal catarinense de energia, na qual é a maior acionista.

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– A EDP, empresa que atua em todas as áreas de negócios do setor elétrico brasileiro, informa que não há mudanças na estratégia de investimentos da empresa. Como foi explicado ao mercado, a operação da EDP no Brasil permanecerá sem qualquer alteração. A companhia continuará a gerenciar suas unidades de negócios como operadores de excelência do setor elétrico brasileiro, como tem feito ao longo dos últimos 25 anos.

Nesse sentindo, mantém-se válido o Plano de Negócios 2021-2025 o qual encontra-se em plena evolução e tem como foco crescer especialmente em distribuição, transmissão e solar, com particular destaque para a Geração Distribuída – informou a EDP na nota.

No fato relevante que publicou quinta, explicou que o objetivo do fechamento de capital no Brasil é ter condições flexíveis para fazer investimentos com custo menor, nas diversas áreas em que atua. A companhia fez uma oferta para pagar R$ 24 por ação, o que significa um prêmio de 22,3% do valor na cotação desta quinta-feira.

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O governo de SC detém o controle acionário da Celesc com poder de voto, com 50,17% das ações ordinárias e 20,20% do capital total da companhia. A EDP Brasil detém 33,11% do poder de voto (com ações ordinárias) e 27,73% das ações preferenciais, o que resulta em 29,90% do capital total da Celesc, por isso é a maior acionista da empresa.  

O desejo da estatal portuguesa, já manifestado mais de uma vez nos últimos anos pelo CEO da EDP Brasil. João Marques da Cruz, é de privatização da empresa catarinense de energia. Caso essa decisão fosse tomada, seria interessada na aquisição.  

Mas essa é uma decisão política em Santa Catarina e, por enquanto, os políticos não têm interesse nessa privatização. Antes da eleição de outubro, todos os candidatos ao governo de SC prometeram aos empregados da Celesc que manteriam a empresa como está, sob controle estatal. O governador Jorginho Mello está cumprindo essa promessa.

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