Santa Catarina alcançou no primeiro trimestre deste ano crescimento econômico de 3%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), apurado pelo Banco Central e considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). A alta foi maior do que a média nacional no mesmo período, que subiu 1%.
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No acumulado dos últimos 12 meses até março, segundo esse índice do BC, Santa Catarina cresceu 2,7%. No mesmo período anualizado, o Brasil alcançou crescimento de 1,7%.
De acordo com o Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina, que acompanha esse indicador, o crescimento da economia do estado no período foi puxado principalmente pela maior demanda doméstica em função do baixo desemprego e maior oferta de crédito. O aumento das exportações também ajudou. Além disso, os juros menores impulsionaram vendas a prazo.
– As melhores condições de crédito decorrentes do recuo da taxa básica de juros e o mercado de trabalho aquecido têm sustentado o consumo das famílias, com reflexos em setores ligados a bens de consumo duráveis, bens de capital e bens intermediários. Isso explica o crescimento de 3,5% da atividade econômica da indústria catarinense no primeiro trimestre – analisa o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
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Os três principais setores da atividade econômica considerados para formar o indicador tiveram alta no período em SC. A maior foi do setor de serviços, que cresceu 5,9% no primeiro trimestre frente ao mesmo período de 2023, enquanto o Brasil avançou 1,2%.
A indústria teve alta de 3,5% no período, também em relação aos mesmos meses do ano passado, e o comércio ampliado cresceu 4,1% na mesma comparação. Nesse mesmo indicador, a indústria brasileira cresceu 1,9% e o varejo ampliado, 4,6%.
A economista do Observatório Fiesc, Camila Morais, chamou a atenção para o crescimento de 9,5% das vendas de eletrodomésticos no trimestre. Isso puxou a produção do setor no Estado, que avançou 12,9%.
Outros setores destacados por ela foram a produção industrial de máquinas e equipamentos, que cresceu 6,8% no trimestre, e as vendas de materiais de escritório, que avançaram 10,6% nos três meses. Segundo Camila Morais, o crescimento das vendas de automóveis em 7,1 também puxou a fabricação de veículos em 2,4% para atender maior demanda.
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Os serviços tiveram desempenho alto no primeiro trimestre puxados pelo turismo, que elevou a ocupação de serviços para as famílias, e também pela produção industrial, que elevou o transporte. Os serviços profissionais, administrativos e complementares e os de informação e comunicação também tiveram crescimento, puxados pelas atividades econômicas da indústria e comércio.
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