Um dos maiores especialistas do Brasil em negócios digitais, o jornalista e consultor Igor Lopes, sócio-fundador da empresa Transformação Digital, vai ministrar o curso online Meu Negócio Digital, que será lançado na próxima semana em Florianópolis.
Continua depois da publicidade
Como a Transformação Digital trabalha?
O que a gente faz é entrar numa empresa, entender o momento dela, ver que tecnologias estão acontecendo e fazer com que elas sejam empregadas para a empresa avançar. Temos três linhas de frente: educação corporativa, consultoria e eventos. Dentro do conteúdo da primeira parte temos os cursos.
Qual será o foco do curso?
Ele visa ensinar a pequena e média empresa a usar as redes sociais a seu favor. Como o empresário pode transformar o seguidor do Facebook em cliente, como ele pode vender mais usando o Instagram, como pode criar uma base de e-mail de cliente para oferecer conteúdo e fidelizar esse cliente. O primeiro módulo é planejamento porque não adianta estar nas redes sociais, mas não saber converter isso em negócio. Toda aula termina com exercícios focados no negócio do aluno. As estratégias digitais valem para quem tem de R$ 2,00 a R$ 2 milhões para investir.
Continua depois da publicidade
O senhor pode citar um exemplo?
A partir do momento que você tem um cliente satisfeito, você pode fazer com que ele possa indicar você para outros. Há muitas estratégias a serem adotadas. Nós, da Transformação Digital, temos um case de marketing de indicação ocorrido semana passada. Fizemos uma semana de transformação digital, um evento online gratuito como o Sebrae de Santa Catarina no qual a gente deu dicas para empresários. Por conta do marketing de indicação, chegamos a 62 mil pessoas no Brasil. No ano passado, esse mesmo evento teve 17 mil participantes. Desta vez, SC foi o primeiro Estado em número de participantes, seguido de São Paulo com 12 mil inscritos e Minas o terceiro com 8 mil, ou seja, a mensagem espalhou no Brasil inteiro. Com o marketing de indicação, a gente triplicou a audiência no país.
Curso online ensina usuários a criar presença digital e reverter engajamento em vendas
Na sua opinião, quais são as maiores falhas das empresas no uso das tecnologias digitais?
Acho que é falta de estratégia. As pessoas criam páginas em redes sociais e acham que a presença delas lá está feita. Mas você está postando coisas que as pessoas querem ver? É preciso pensar estrategicamente a presença online. De repente, está usando a rede social errada. Se ela tem um negócio B2B porque não está no Linkedin? Se vende roupas, deve estar no Instagram que é mais visual. É preciso estratégia para transformar seguidor em cliente.
Quais setores estão sabendo usar melhor as tecnologias digitais?
Eu não diria setor. Eu diria que existem empresas com maturidades diferentes. Há empresa que já entendeu o digital e está fazendo algo bem feito e outras não. Aí há ameaças e oportunidades para todas. Muitas vezes quando o fundador passa a gestão para o filho que é um nativo digital, a empresa passa a usar tecnologia de forma mais fácil. Aí tem mais a ver com o momento de cada uma.
As pessoas mais jovens fazem mais mudanças? É preciso mudar equipe?
Não é uma questão de idade. É uma questão de entender esse novo momento e ser aberto para o novo. Gostamos de citar aquela frase do futurista Alvin Toffler: “O analfabeto do século XXI não é aquele que não sabe ler e escrever, é aquele que não sabe aprender, desaprender e reaprender”. Se está apegado a coisas do passado, de que sempre se fez assim, desculpa meu amigo, a coisa mudou.
Continua depois da publicidade
A roda está girando mais rápido e a gente precisa se atualizar o tempo todo. É preciso desaprender e aprender. O que está vindo de novo? Não tem nada a ver com idade. Diversidade na equipe é fundamental. A pessoa que está na empresa há mais tempo, muito provavelmente, tem muito mais bagagem do que o cara mais novo que, às vezes, é muito ansioso. Essa mistura é muito importante.
É difícil, complexo, mas é preciso se abrir para o novo. É preciso olhar sempre o que a concorrência está fazendo porque a indústria que vai te matar pode não ser do seu setor, mas de outro.