Bancos tradicionais, cooperativas de crédito e bancos digitais estão entre as instituições financeiras que aderiram nesta primeira fase do Desenrola, programa lançado pelo governo federal para tirar pessoas da lista de inadimplentes. Essa etapa, chamada de Faixa 2, prevê negociações de dívidas bancárias com devedores com renda de até R$ 20 mil. O Sicoob SC e RS é um sistema cooperativo que confirmou participação.
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Nessa etapa, além de negociar dívidas de qualquer valor, o programa prevê tirar da lista de inadimplentes pessoas que devem menos, até R$ 100 para os bancos. Mas isso não significará um perdão dessas pequenas dívidas de mais de 1,5 milhão de pessoas. Os clientes bancários terão que negociar parcelas e quitá-las. Se não pagarem no prazo, voltarão para as listas de inadimplentes.
Entre as instituições financeiras que confirmaram participação nessa fase que começa hoje estão os bancos do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander, mais o sistema Sicoob, e os bancos digitais C6, Inter, Pan e Daycoval.
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as instituições têm até o dia 27 deste mês para decidir sobre a adesão. Os clientes bancários devem procurar suas instituições por meios digitais ou aplicativos.
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Numa segunda etapa, a partir de setembro, na chamada Faixa 1, serão incluídas pessoas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) e as inscritas no CadÚnico e têm dívidas de até R$ 5 mil. Para esses valores, serão oferecidas condições mais facilitadas e o governo federal usará o aval do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para facilitar os acordos. Nessa faixa, entrarão também dívidas de serviços como água, luz e telefone, e também dívidas em lojas.
O objetivo do governo federal, com esse programa que foi promessa de campanha do presidente Luíz Inácio Lula da Silva, é reduzir a lista de inadimplentes, que soma mais de 70 milhões de pessoas no país. Nessa Faixa 2, podem ser beneficiadas 30 milhões de pessoas e, na Faixa 1, são estimadas 40 milhões de pessoas.
Como surgem muitas dúvidas por parte de interessados e até nas instituições financeiras, o governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, fez uma lista de “Saiba mais” com 55 perguntas. A Febraban também fez uma lista de perguntas e respostas para esclarecer dúvidas.
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