Centenas de produtores rurais do Oeste do Estado enfrentam perdas com a demora de quase um ano na concessão de licenças ambientais para unidades de produção de suínos devido à falta de técnicos do Instituto Meio Ambiente (IMA). O alerta é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc), José Zeferino Pedrozo, para quem a situação está “insustentável”. Segundo ele, setor está deixando de exportar por falta de produção quando o mercado externo cresceu em função de problemas sanitários na China.

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Sem licença ambiental, muitos produtores não estão podendo cumprir contratos de entrega de produção e não têm recursos para pagar financiamentos. Cada criatório para mil animais custa R$ 500 mil. Pedrozo diz que somente a Aurora, que está duplicando planta industrial, vai abater mais 5 mil suínos/dia. Para isso, cooperados devem alojar mais de 420 mil suínos no campo.

Enquanto a avicultura pode solicitar licença ambiental por adesão e compromisso, a LAC, quando a propriedade é fiscalizada depois, a suinocultura precisa da licença tradicional, de três fases (prévia, de instalação e operação). A assessoria de imprensa do Instituto do Meio Ambiente (IMA) informou que para resolver o problema foram contratados fiscais pela Secretaria de Agricultura para atuarem nas regionais do instituto. Mas admitiu que o IMA estuda adotar a LAC também na suinocultura.

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