Diante de alertas de que a próxima pandemia pode vir de uma catástrofe climática e pela necessidade de preservar o meio ambiente de forma efetiva, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, promoveu com destaque a Cúpula de Líderes Climáticos nesta quinta e sexta-feira. Conseguiu arrancar dos líderes compromissos de redução de mais de 50% das emissões até 2030 e neutralidade até 2050.
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O presidente Jair Bolsonaro foi além do esperado. Prometeu redução de emissões de 43% até 2030, neutralidade até 2050 e zerar o desmatamento ilegal até 2030. Para executar, o grande desafio da União será conter o desmatamento ilegal, trabalho que exigirá, também, a colaboração do setor privado e da sociedade civil.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou estudo segundo o qual o setor, que responde por 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB), gera apenas 6% das emissões do país em gases do efeito estufa. Essa boa posição é porque o setor usa energia renovável e equipamentos que consomem cada vez menos energia. O Brasil é um dos líderes em energia renovável, com 83% da matriz de geração elétrica, enquanto países da OCDE têm média de 18% a 27%, observa a CNI.
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Mas isso não basta para as indústrias e empresas de outros setores. Cada uma precisa fazer a sua parte ao impactar o ambiente. Uma pesquisa da Deloitte junto a executivos de empresas do mundo todo, incluindo o Brasil, apurou que 81% da alta cúpula empresarial acredita que o setor privado poderia fazer mais pela preservação ambiental. Contudo, apenas 40% se comprometeram com metas de redução de carbono baseadas na ciência e menos de 20% vinculam remuneração de líderes da área com metas sustentáveis.
As novas metas definidas na Cúpula do clima também colocam novo cenário para as pessoas. Uma das dúvidas é como preservar o meio ambiente no dia a dia. A exemplo do que se faz para tratar problemas de saúde, com o meio ambiente também temos que seguir a ciência. Isso porque um produto biodegradável, por exemplo, pode causar um dano efetivo muito maior ao meio ambiente do que outro, que não é apresentado assim. Tudo depende da forma de produção e uso de cada um.
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Outro desafio grande do Brasil será reduzir a emissão de gases de efeito estufa por veículos. Como os carros elétricos seguem com preço alto no país, a solução pode ser a substituição do motor por combustão para um sistema de mobilidade elétrica, conforme pesquisa que está em andamento no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Agora com novas metas, todos precisam fazer a sua parte porque o planeta Terra é único.
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