Em meio aos desdobramentos econômicos da maior pandemia dos últimos 100 anos, o mundo enfrenta agora crise energética que causa inflação e insegurança sobre a retomada do crescimento. As causas são diferentes em diversos países, mas ocorrem ao mesmo tempo, por isso as bolsas mundiais tiveram forte queda na última terça-feira, que foi acompanhada no Brasil com recuo de 3,05%. O país busca saídas para não passar ao consumidor todo aumento do petróleo e alta da energia causada pela seca.
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O problema internacional começou com subida do petróleo na retomada econômica este ano, impulsionada pelas vacinas. No começo de agosto do ano passado, o preço do barril estava em US$ 45 e agora supera US$ 80, o que significa uma alta de 78%.
Na China, segunda maior economia do mundo, além do petróleo caro, a crise energética ocorre pela queda da produção de carvão. Os cortes de energia atingem a produção industrial. Nos EUA, principal economia, o problema é o petróleo caro, na Europa é a agravante é a baixa oferta de gás natural pela Rússia e no Reino Unido o impacto é do petróleo caro.
No Brasil, a crise energética vem causando alta generalizada de preços, aumento dos juros básicos e redução no ritmo do crescimento, afetando os mais pobres. O governo federal é um dos geradores da crise porque sua instabilidade política e risco fiscal elevam o dólar que encarece os combustíveis.
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Para amenizar o problema, o governo propôs auxílio-gás e pressiona pela redução do ICMS nos combustíveis. Enquanto isso, o mercado já projeta inflação perto de 9% para este ano. O otimismo de uma retomada forte da economia pós-vacinas ficou para trás.
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