O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis (SHRBS) é mais uma entidade empresarial que contesta a decisão da prefeitura de Florianópolis de proibir totalmente as hospedagens em hotéis e pousadas na Capital. O presidente da entidade, Estanislau Bresolin, em nota divulgada hoje, argumenta que não há turistas na cidade, mas viajantes e transportadores a trabalho, que precisam ter onde se hospedar. Ele informa que o setor considera adequada a reabertura limitada decidida pelo governo do Estado e entende que poderia ser seguida pelo município.
Continua depois da publicidade
O sindicato também considera incoerente o pedido para que hotéis hospedem profissionais de saúde se não estão podendo abrir as portas. Bresolin alerta ainda que até os transportadores que precisam trazer produtos de saúde para a cidade estão sem ter como se hospedar. Cita o caso da cidade de São Paulo, onde há uma restrição rígida para os cidadãos fazerem isolamento social, mas os hotéis estão podendo atender.
Leia a íntegra da nota do Sindicato de Hotéis
Covid-19: SHRBS da Grande Florianópolis contesta proibição total de hospedagens em hotéis
A entidade considera simplório o raciocínio de que a rede hoteleira não deve hospedar gente de fora – algo tão irreal e absurdo que fica difícil explicar. A proibição é óbvia, visto que não existe ninguém fazendo turismo nesse momento. Porém, não são somente turistas que se hospedam nos estabelecimentos e pedimos a possibilidade de que possa haver acolhimentos individuais para viajantes e transportadores, muitos vêm à região trazer equipamentos de saúde e outros necessários. Se as próprias prefeituras precisam trazer uma equipe de reforço na saúde, não terá onde hospedar.
A incoerência é justamente o pedido para que hotéis disponibilizem hospedagem para profissionais de saúde (como, se os hotéis estão fechados?). No aeroporto que o próprio Prefeito anunciou fiscalização e isolamento aos suspeitos, será necessário dizer : “você pode entrar, só não pode se hospedar. Os moradores de rua podem ser hospedados em abrigos fornecidos pelo poder público.
Continua depois da publicidade
Até em SP, onde temos a maior incidência de contaminados e óbitos, é permitida a hospedagem, mas muitos hotéis estão fechados por falta de clientes. O último decreto do Governador do Estado e a portaria da saúde estão bem estruturadas e deveriam ser mantidas.
Um pouco de bom senso teria sido bem vindo.
Estanislau Bresolin
Presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis (SHRBS)