Uma das decisões mais difíceis para os empresários nesta crise inédita é como proceder no caso do emprego. Se mantém todos os trabalhadores, se desliga uma parte para a empresa sobreviver e assim por diante. Com o objetivo de colaborar nessas decisões esclarecendo dúvidas sobre todas as alternativas colocadas pelo governo federal no Programa Emergencial de Emprego e Renda que está na Medida Provisória 936/20, a MP Trabalhista, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realiza nesta terça-feira, a partir das 13h30min, uma live de livre acesso, com a participação de especialistas. Acesse o link aqui. O horário previsto inicialmente seria às 11h30min, mas mudou por causa de agenda.
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Os convidados são o secretário de Previdência e Trabalho do governo federal, Bruno Bianco; o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo; e o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Herculano Furlan, que também é vice-presidente para a América Latina da Organização Internacional dos Empregadores (OIE). De Santa Catarina, participação o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar e o diretor Institucional da Fiesc, Carlos Kurtz.
Vale reforçar que a participação é livre. Então, embora seja uma iniciativa da Fiesc, todas as empresas dos demais setores e pessoas interessadas também podem acompanhar gratuitamente, acessando o link do evento.
Entre as medidas da MP Trabalhista com a manutenção de empregos estão a redução de jornada e de salário em 25%, 50% e 75% e a suspensão de contrato de trabalho até 60 dias.
A Fiesc também aguarda julgamento do pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) quinta-feira sobre a suspensão de medida do juiz Ricardo Levandoviski, que aumenta a insegurança jurídica para manter emprego ao exigir acordo entre sindicatos laboral e patronal para aprovar medidas da MP 936. A Fiesc foi uma das entidades que apresentaram recurso contra a medida de Levandovski.
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Informações claras aos empresários são importantes porque poderão manter milhares de empregos. Pelas informações que temos até o momento, as empresas catarinenses não estão fazendo demissões em massa. A primeira pesquisa realizada pelo Sebrae de Santa Catarina apontou que de cada 10 pequenas empresas duas fizeram demissões até o final de março, período em que já vigorava o isolamento social no Estado.
Estão surgindo informações de demissões com um número maior de trabalhadores nos setores têxtil e calçadista. Mas há notícias positivas no meio disso. Na região de Chapecó, uma indústria de confecções, a Ogochi, precisou demitir mais de 60 trabalhadores. Então a agroindústria Aurora decidiu contratar todas essas pessoas que perderam o emprego e se enquadram no perfil que ela necessita.
A retomada parcial da indústria da construção civil e a volta do comércio de rua, mais a retomada parcial de serviços de restaurantes e hotéis também estão mostrando uma luz no fim do túnel para empresas desses setores e reduzindo demissões. Uma empresa de materiais de construção da Grande Florianópolis, por exemplo, decidiu que não vai demitir ninguém. A indústria Ciser, de Joinville, líder em fixadores na América Latina, segue contratando.
É claro que a decisão é de cada um. É preciso reduzir despesas para que os negócios possam subsistir à crise, continuando depois que a pandemia passar.
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