Antes da pandemia, o sistema de cooperativas de Santa Catarina foi bem: fechou 2019 com R$ 2,4 bilhões em sobras, o que numa empresa privada seria lucro. Desse valor, R$ 1 bilhão foi distribuído para os milhares de associados e a outra parte ficou para capitalizar as organizações. Esses recursos foram distribuídos no primeiro quadrimestre do ano e reforçaram as finanças de famílias, empresas e e propriedades rurais durante a pandemia.
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As informações integram o balanço anual da Organização das Cooperativas de Santa Catarina (Ocesc), entidade que representa os vários ramos desse segmento econômico. As 254 cooperativas do Estado fecharam o ano passado com receita bruta de vendas de R$ 40,7 bilhões, 13,71% maior do que a do ano anterior.
De acordo com o presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, a maioria dos 2,7 milhões de cooperados foi beneficiada com parte dessas sobras. Os valores variam de acordo com o tipo de cooperativa e percentual de participação de cada associado na atividade durante o ano. Os maiores valores foram para os setores agroindustrial e de crédito. O destino dos recursos das sobras é livre para cada um. O cooperado pode pagar dívidas, poupar ou investir.
O sistema cooperativista, com característica mais social, permite a produtores ou prestadores de serviços melhorar suas soluções ao mercado e, ao mesmo tempo, ter resultado melhor do que se atuassem de forma individual. Na agropecuária, são 47 cooperativas que contam com 72,5 mil associados. No setor de crédito, são 61 cooperativas com 1,9 milhão de associados.
Conforme Suzin, Santa Catarina é referência em cooperativismo, com organizações eficientes que permitem melhor distribuição de renda e, consequentemente, desenvolvimento social. SC tem, também, cooperativas de saúde, transporte, trabalho, consumo, educação e infraestrutura.
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