Definitivamente, o setor de construção civil do Brasil deixou de ser o “patinho feio” quando se fala em uso de tecnologias em processos produtivos para reduzir custos e ganhar produtividade. Durante dois dias, nesta quarta e quinta-feira, 1.500 empresários e executivos do setor, de todo Brasil, participaram em Florianópolis do Construsummit 2023. O objetivo foi se informar mais sobre soluções e tendências para usar mais digitalização no setor.

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O evento é uma iniciativa do Grupo Softplan, de Florianópolis, que atua com tecnologia há mais de 30 anos e tem um de seus braços de atuação na construção civil.

Para essa área, o grupo tem a plataforma Sienge, com diversos sistemas próprios, e mais empresas que adquiriu nos últimos anos, como a Construmarkert, CV CRM, Prevision, Refera, Collabo e eCustos.

– Hoje, nós temos estudos que mostram que adoção de tecnologia, de plataformas de gestão como a nossa, permite uma redução de custo por metro quadrado para o incorporador na ordem de 34%, super expressivo. Isso não é estimado. Nós temos estudos que envolvem detalhamento estatístico disso. Mostram também uma obra entregue entre 20% e 40% mais rápido – destaca Guilherme Quandt, diretor de Estratégia da Softplan para a Indústria da Construção.

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O executivo chama a atenção para o impacto desses ganhos de produtividade quando se considera a escala nacional. Isso permite transformar o segmento. Significa que de cada três prédios, o quarto prédio sai “de graça” à medida que o ganho de produtividade está pagando essa diferença de preço, analisa ele.

Conforme Guilherme Quandt, isso mostra que a adoção de tecnologia tem potencial para proporcionar ganhos relevantes para o mercado brasileiro. Atualmente, 70% dos imóveis construídos são das linhas mais econômicas, isto é, com preço de até R$ 340 mil.

Guilherme Quandt, diretor de Estratégia da Softplan para a Indústria da Construção (Foto: José Somensi)

O executivo explica que essa digitalização do setor está acontecendo em todas as etapas do processo construtivo de incorporadoras. Entre os exemplos, ele cita orçamentos de materiais de construção junto a diversos fornecedores.

– Hoje, se coloca numa planilha todos os materiais de construção necessários, o sistema lê e dispara para centenas de fabricantes simultaneamente, para que enviem suas cotações. Não é mais necessário enviar e-mail, WhatsApp ou ligar para saber os preços de cada fornecedor – explica Guilherme Quandt.

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O crescimento do Construsummit também é uma mostra de que as empresas do setor estão decididas a adotar mais digitalização em todas as fases de atuação. Na edição de 2022, o público foi de 500 pessoas. Neste ano, o evento ganhou local maior, o Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras. Aí o público chegou a 1,5 mil pessoas.

– São mais empresas buscando se transformar digitalmente. A gente costuma falar que o futuro é agora. O setor da construção sempre foi um patinho feio em relação à adoção tecnológica. Muito se falou sobre isso e, hoje, a gente está numa inversão completa. O mercado tem se transformado, tem adotado tecnologia de forma superintensa. O nosso mercado principal é software, mas a gente vê que junto com o software vem um movimento muito mais amplo que é de mudança de cultura, de mindset –  destaca Guilherme Quandt.

Segundo ele, os benefícios da tecnologia são gerais, para todo o setor, para imóveis de diferentes preços. A vantagem não é só para o apartamento que vai custar R$ 30 milhões em Balneário Camboriú, observa.

Mais imóveis da classe econômica estão sendo feitos com garagem com tomada para abastecer carro elétrico, com lavanderia coletiva e área especial para receber delivery, por exemplo.

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