Em reunião nesta segunda-feira à tarde, o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) decidiu se manifestar oficialmente a favor do voto auditável. A entidade confirmou a decisão por meio de nota. O anúncio aconteceu dois dias após a visita do presidente Jair Bolsonaro ao Estado, ele que tem defendido essa bandeira. Entre os argumentos dos defensores do voto auditável está o de que o processo da urna eletrônica pode permitir fraudes mas, até agora, não apresentaram provas sobre a ocorrência dsse problema. A iniciativa do Cofem é uma das primeiras de entidades empresariais a marcarem posição assim.
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– O respeito à decisão popular é questão central neste sentido e, por isso, o setor produtivo de Santa Catarina considera que o voto deve ser livre e auditável, como forma de defesa da própria democracia – alegou o Cofem em nota divulgada após a reunião.
Essa manifestação das entidades por meio do Cofem, neste momento tumultuado da política nacional, preocupa. Isso porque o atual sistema eleitoral já é auditável e seguro. Desde que a urna eletrônica desenvolvida em 1996 pela Fundação Certi e a Procomp (atual Diebold) passou a ser usada em eleições, milhares de políticos de todos os partidos foram eleitos sem a ocorrência de fraudes, inclusive todos os da família Bolsonaro.
Aliás, as urnas eletrônicas surgiram exatamente para combater fraudes do sistema manual de eleições e atingiram esse objetivo. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral está programando uma ampliação dos testes de auditoria. O que se espera é que os parlamentares decidam pelo que é melhor para o país, deixando no passado o voto impresso. O Brasil precisa se concentrar na busca de soluções para problemas reais, como as desigualdades sociais, desequilíbrio das contas públicas e questões climáticas, sem criar crises em função de interesses políticos de alguns.
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Leia a íntegra a nota do Cofem:
“O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) manifesta a importância de fortalecer a democracia, com poderes harmônicos e independentes.
O respeito à decisão popular é questão central neste sentido e, por isso, o setor produtivo de Santa Catarina considera que o voto deve ser livre e auditável, como forma de defesa da própria democracia.
O COFEM é integrado pelas federações da Indústria (FIESC), Agricultura (FAESC), do Comércio (Fecomércio), dos Transportes (Fetrancesc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Associações Empresariais (FACISC), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.”