A partir desta segunda-feira, 01 de abril de 2024, a gigante industrial WEG, de Jaraguá do Sul, também conhecida como “fábrica de bilionários” por ter 29 acionistas com fortuna nesse patamar, tem novo diretor presidente executivo. Alberto Yoshikazu Kuba, 44 anos, engenheiro eletricista, assume o principal cargo executivo da companhia, sucedendo Harry Schmelzer Júnior, também engenheiro eletricista, que está à frente da WEG há 16 anos.

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A mudança, decidida pelo conselho de administração da WEG, foi anunciada em 08 de dezembro. A troca de comando será discreta, somente com um evento interno, informou a assessoria de imprensa da companhia.

O novo presidente também decidiu não dar entrevistas por um período, até que tenha mais conhecimento sobre todos os desafios que terá à frente da nova função.

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Multinacional catarinense com sede em  Jaraguá do Sul, a WEG é um conglomerado industrial que atua nos setores de motores elétricos, equipamentos eletrônicos industriais, equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia, propulsão para veículos elétricos, e tintas e vernizes industriais.

Quem é Alberto Kuba, o novo presidente da WEG

Engenheiro eletricista graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Alberto Yoshikazu Kuba é descendente de imigrantes japonses, natural do município de Presidente Epitácio, interior de São Paulo.  ingressou na WEG como estagiário no setor de vendas, na sede da empresa há 21 anos.

A primeira função foi analista de vendas. Depois, foi supervisor nacional de vendas da WEG Motores e na sequência, supervisor de novos negócios. O próximo desafio, em 2010, foi atuação no exterior, nas operações da empresa na China, como diretor de marketing e vendas. De 2015 a 2019, foi diretor da WEG na China e, depois, foi diretor superintendente da WEG Motores Industriais, em Jaraguá do Sul até ser o escolhido para presidente.

Paralelamente, Kuba seguiu estudando. Cursou MBA em Gestão Empresarial pela FGV, Finanças Corporativas na Fundação Dom Cabral e o Executive Program for Gorwing Companies na Stanford Business School, nos Estados Unidos.

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Considerando o atual momento da companhia, Kuba foi o nome escolhido pelo conhecimento que tem dos negócios da empresa e pela atuação internacional. Também pesou também o conhecimento da cultura WEG, que valoriza a simplicidade no trabalho do dia a dia, embora foque o topo da inovação e tecnologia.

Como a “fábrica de bilionários” WEG escolhe seus presidentes

No comunicado divulgado pela companhia em 08 de dezembro, Alberto Kuba agradeceu a confiança e destacou a importância de continuar o legado dos antecessores.

Vamos continuar focados no crescimento e atentos aos movimentos do mercado, valorizando o reinvestimento dos lucros, a expansão continuada dos mercados, o investimento em tecnologia, a gestão participativa, bem como a valorização e desenvolvimento das pessoas – afirmou Alberto Kuba.

Por que a WEG é admirada

A troca de liderança da WEG desperta elevada atenção nos mercados porque ela é uma das empresas icônicas pela sua capacidade de crescer, inovar e dar lucro ano após ano.

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Essa linha de atuação foi adotada desde o início por Eggon João da Silva, primeiro presidente e um dos três fundadores (junto com Werner Voigt e Geraldo Werninghaus). Seguiu com o segundo presidente, Décio da Silva e também com o terceiro, Harry Schmelzer Júnior, o primeiro executivo não integrante das famílias fundadoras. Mas todos fizeram carreira na empresa.

Uma das razões do sucesso da companhia são os investimentos constantes em inovação, seguindo os desafios do setor energético, que é o principal negócio da empresa. Outra razão do sucesso é a internacionalização, o que dá equilíbrio maior nos resultados e coloca o desafio de atender diferentes mercados com soluções de qualidade. 

Além disso, a empresa faz constantes investimentos em renovação do parque fabril ou por meio de aquisições. São essas estratégias estruturantes que transformaram a WEG em um “foguete”, porque só sobe, como alguns profissionais do mercado gostam de definir.

No último ano, em 2023, a companhia alcançou receita líquida de vendas de R$ 32,5 bilhões, 8,7% mais do que a do ano anterior, 2022. O lucro líquido anual alcançou R$ 5,7 bilhões, 36,2% superior na comparação com 2022.

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