O bom ritmo de retomada da atividade industrial agrada o setor, não existem queixas em relação à retomada da economia, mas os conflitos entre os poderes executivo e judiciário causam situação confusa politicamente. Estas informações e análise são do vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Glauco José Côrte, sinalizando que esse problema político pode inibir investimentos e o crescimento econômico.
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– A grande questão que se coloca hoje é mais política. Estamos numa situação confusa politicamente, com divergências entre o poder executivo e o poder judiciário, principalmente. Se conseguirmos um pouquinho mais de harmonia em relação aos conflitos entre poderes, certamente o nosso crescimento econômico será bastante consistente, projetando o próximo ano como de consolidação desse crescimento – afirmou Côrte, que também é ex-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Segundo o empresário, a indústria catarinense é um exemplo de que o setor está reagindo bem à crise. O empresário observa que no âmbito das federações industriais e, também dos empresários que participam do Fórum Nacional da Indústria (líderes de mais de 50 entidades setoriais) não há queixas em relação a retomada da economia. A CNI também espera que o Congresso Nacional aprove as reformas administrativa e tributária.
Outra preocupação da indústria é o risco de racionamento de energia. Conforme Glauco José Côrte, existe um setor empresarial ligado à questão energética que prevê grande possibilidade de o país ter que fazer um racionamento de energia este ano. Mas o governo federal tem outra posição. Acha que, com algumas medidas, será possível passar essa fase difícil de crise hídrica em racionamento.
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