Cidades do conhecimento devem ser mais voltadas à qualidade de vida das pessoas e sustentabilidade ambiental. Essa foi a ênfase de palestrantes no painel de abertura da 12ª edição do Knowledge Cities World Summit (KCWS), a Cúpula Mundial das Cidades do Conhecimento, que começou hoje, no Sesc Cacupé, em Florianópolis, e vai até quinta-feira.

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O evento, que reúne pensadores do mundo todo sobre cidades do conhecimento e sustentáveis, contou, na abertura, com as participações do presidente do Instituto KCWS, o professor mexicano Francisco Javier Carrillo, o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt; do presidente do Conselho do Sebrae-SC, Alaor Tissot; da deputada federal Angela Amin, do secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Amândio João da Silva Junior e da coordenadora do 12ª edição do KCWS, Jamile Sabatini Marques, presidente da Câmara de Tecnologia e Inovação da Fecomércio SC, e diretora da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes).

Painel debate cidades do conhecimento
Carrillo, Pacheco, Garner e Koch no KCWS 2019 (Foto: KCWS, Divulgação)

Segundo o professor Francisco Carrillo, no desenvolvimento baseado no conhecimento, as coisas mais importantes da vida não são construções, não são os prédios. São as pessoas, os direitos humanos.

– As coisas verdadeiramente importantes na vida, muitas vezes, são gratuitas – afirmou Carrillo.

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A consultora Cathy Garner, da Lancaster University, do Reino Unido, disse que começou falar sobre desenvolvimento baseado em conhecimento em 1997. Tinha a ver com revitalização da economia na cidade de Manchester, berço mundial da indústria.

– Numa economia baseada em conhecimento, inovação é importante, mas não é suficiente. O

que não fizemos naquela pegada inicial foi pensar em como engajar o cidadão – afirmou Cathy Garner.

Segundo ela, falta ouvir mais as pessoas, elas que enfrentam as realidades diariamente. Um exemplo foi o incêndio horrível que aconteceu num prédio popular de Londres, no qual muitas pessoas morreram. Os residentes diziam que não era seguro.

As cidades do conhecimento, cada vez mais, buscam convergência entre inovação, cultura e e design. Em Helsinque, Capital da Finlândia, três universidades de uniram para integrar engenharia, arte e design. A informação é do professor austríaco Günter Koch, que destacou outros países que estão fazendo o mesmo tipo de aproximação, entre os quais Israel e Malásia.

Na foto, a partir da esquerda, Francisco Carrillo, o professor da Universidade Federal de Santa Catarina Roberto Pacheco, Cathy Garner e Günter Koch.

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