Em movimento golpista, grupo que não aceita o resultado das eleições democráticas de outubro invadiu e depredou prédios dos três poderes do Brasil neste domingo, gerando instabilidade no país e prejuízos milionários ao patrimônio dos brasileiros. A tendência, nesta segunda-feira, é de impactos negativos começando pelo mercado financeiro, com queda da bolsa e alta do dólar, devido ao clima de incertezas.  

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É claro que esses agressores não têm poder para mudar o resultado das eleições nacionais, mas com esse cenário, causam instabilidade e prejudicam a imagem do país, afetando também os negócios.

A bolsa brasileira será afetada porque conta com relevante participação de investidores estrangeiros, que não gostam de mercados inseguros. Quando teve a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, a bolsa brasileira B3 estava em alta, mas caiu e fechou em -0,23%. E o dólar subiu 0,80, fechando em R$ 5,30.

Mas no mercado americano, no mesmo dia, o resultado foi um pouco diferente. Os índices Dow Jones e S&P 500, da bolsa de Nova York, estavam em alta naquele 06 de janeiro, recuaram um pouco mas fecharam no positivo em 1,44% e 0,57%, respectivamente.

Outra razão para instabilidade no mercado acionário brasileiro é que ele já vem sofrendo há semanas, com declarações de ministros que têm desagradado o setor produtivo. Alguns titulares de pastas falaram em mexer nas reformas trabalhista e da Previdência, as privatizações foram suspensas e há risco de o STF acabar com a possibilidade de demissões sem justa causa em empresas privadas. O governo negou mudanças, mas são declarações que gera incômodo.

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As invasões deste domingo são condenáveis e poderiam ter sido impedidas por serviço de inteligência e por forças policiais. Nesse clima de guerra, todos perdem. Quando a confusão é grande, as perdas na economia começam na bolsa, mas, depois afetam a vida das pessoas.