Com foco em investimentos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) realizou ações para dar suporte ao setor produtivo na pandemia. A instituição criou o Recupera Sul, programa de crédito emergencial que emprestou R$ 300 milhões para capital de giro a pequenas e médias empresas e postergou o recebimento de parcelas de empréstimos a empresas com contrato junto ao banco. Essas duas ajudas somaram R$ 3 bilhões, informa o presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha.
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A instituição divulgou o balanço do primeiro semestre, no qual informa que emprestou no período, para investimentos, R$ 1,3 bilhão. Somando as contrapartidas dos empreendedores, o montante sobe para R$ 1,6 bilhão na Região Sul, 12,5% a mais do que no mesmo período de 2019.
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Como era esperado, a pandemia reduziu o lucro líquido da instituição, que ficou em R$ 83,1 milhões. De acordo com o diretor financeiro, Marcelo Haendchen Dutra, o lucro caiu 24,2% frente ao do mesmo semestre do ano anterior.
Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Vladimir Arthur Fey, a postergação de contratos para que investidores tivessem tranquilidade para passar a pior fase da pandemia permitiu a eles tranquilidade para enfrentar a crise.
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Mesmo com o problema do coronavírus, a recuperação de crédito foi acima da média. As receitas de recuperação de créditos baixados em prejuízo somaram R$ 51,5 milhões, 40,8% a mais do que no mesmo semestre de 2019. A inadimplência do banco em 90 dias ficou em 0,51%, inferior a dos bancos públicos brasileiros que é de 2,63% e do Sistema Financeiro Nacional que ficou em 2,88%.