Felizes, radiantes, acompanhados de colegas e, muitos, também de familiares. Foi assim que mais de mil estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil participaram da premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), realizada no fim da tarde de segunda-feira (05), no Costão do Santinho, em Florianópolis. Maioria com notas altas graças a uma atenção maior aos estudos, eles vislumbram carreiras de sucesso e oportunidades para ajudar a desenvolver o país.
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Mesmo entusiasmo das crianças era vivenciado pelos pais. Entre eles estava o economista e palestrante Ricardo Amorim, de São Paulo, que veio para ver o filho ser premiado com medalha de ouro após conquistar algumas das notas mais altas no país.
– Estou muito feliz por estar aqui. É superimportante valorizar a educação, mais ainda valorizar gente que atinge reconhecimento por educação e, no meu caso eu sou suspeito porque o meu filho é um dos premiados – disse Ricardo Amorim para a coluna.
A professora universitária de jornalismo Ana Paula Bandeira, catarinense radicada em Recife, Pernambuco, e o ex-marido Fabian Lemos (que reside em Florianópolis), foram acompanhar o filho de 16 anos, que conquistou duas medalhas de ouro, relativas às duas últimas olímpíadas, entregues juntas agora devido à pandemia. O jovem passou a estudar mais este ano porque participa também de olimpíadas internacionais.
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– Ele estuda matemática cientifica, que demanda muita escrita, muita leitura. Melhorou muito o português depois que passou a estudar matemática porque ele tem que escrever respostas de até seis páginas para justificar cálculos que faz. Também melhorou o inglês e planeja estudar alemão – explicou Ana Paula, ao destacar que o filho pode ficar até oito horas seguidas estudando matemática.
Embora, inicialmente, pareça uma disciplina difícil e até temida pela maioria, a matemática pode ser mais fácil do que outras se o aluno se concentrar e entrar num ciclo de aprendizado. E os exemplos práticos de aplicações podem fazer muita diferença para ajudar no aprendizado.
Por isso, as atuações dos professores e das instituições de ensino são fundamentais. Ao pegar o “fio da meada” da compreensão da matemática, o estudante vê um mundo promissor em carreiras futuras nas áreas de exatas como as engenharias, agronomia, ciências, tecnologia e outras.
São principalmente as graduações e pós-graduações dessas disciplinas que mais colaboram para o desenvolvimento tecnológico e para a inovação de uma economia, abrangendo também outras áreas. Isso motiva também as famílias, que passam a acompanhar esse ciclo virtuoso.
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Muitas investiram em viagens de vários pontos do Brasil para ver o filho ou a filha receber homenagem em Florianópolis, por exemplo. Vale destacar que a maioria dos pais acompanha de perto as atividades escolares dos filhos e define horas para estudarem em casa. Isso porque só alguns gênios conseguem medalha de ouro em matemática apenas com o aprendizado na escola.
Criada em 2005 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a olimpíada brasileira mobiliza cada vez mais estudantes de escolas públicas e privadas. Nessa premiação, vieram o ministro da Educação, Camilo Santana, e a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.
A edição de 2023 contará com mais de 18 milhões de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Assim, o evento cria um movimento favorável ao aprendizado de matemática, o que deixa o país menos distante de seus concorrentes em conhecimento dessa disciplina relevante para impulsionar o desenvolvimento econômico e social.
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