Como a Acate trabalha para transformar SC em polo global de tecnologia

Santa Catarina já aparece no cenário global de polos de tecnologia, mas de uma forma ainda tímida. O sonho grande é ser uma referência global, destaca o novo presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Diego Brites Ramos, que assumiu oficialmente a liderança da entidade em evento na noite de quinta-feira (11), no CIC, em Florianópolis.

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– Eu acredito que temos condições para isso, uma das nossas prioridades é tornar nossas empresas mais globais. Falo que precisamos ter as nossas WEGs da área de tecnologia vendendo para o mundo – afirma o presidente da Acate, fazendo referência à gigante catarinense WEG, que fornece tecnologias na área de energia.  

Um dos passos para acelerar investimentos e essa internacionalização é ter mais recursos para investir. Para isso, a Acate sugere que o  Estado crie um fundo de aval de R$ 100 milhões para alavancar R$ 1 bilhão em crédito ao setor.

Para o novo presidente da entidade, SC vive um momento especial de apoio ao setor, com a criação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação pelo governador Jorginho Mello. A Acate abriu escritório em Toronto, no Canadá, para apoiar a internacionalização.

SC já conta com algumas empresas com atuação internacional. Entre as que integram esse grupo estão a NDD Tech, de Lages, que tem escritórios nos EUA e Espanha; a Audaces, de Floranópolis, que tem filial na Itália e fornece software e hardware para moda; a Indicium, de Florianópolis, do setor de dados com filial nos EUA; e a NeoGrid, de Joinville, que atua com software para comércio e tem filiais em diversos países.

Além disso, a projeção do ecossistema catarinense lá fora também tem atraído multinacionais do exterior para investir em SC. Diego Ramos cita a italiana Zucchetti, de software para gestão, que adquiriu várias empresas no Estado, sendo a primeira em Concórdia, no Oeste.

Entre os exemplos está a ActiveCampaign, estrangeira que abriu escritório em Florianópolis em 2022 para atuar com marketing digital. E a Duda, empresa do Vale do Silício fundada por catarinenses, que atua com plataforma de sites, também conta com filial em SC.

Conforme Diego Ramos, SC também está atraindo investidores de fora como o grupo Volaris, do Canadá. E a Acate conta com um escritório no Canadá para apoiar a internacionalização de empresas de SC.

Segundo o novo presidente da Acate, esse braço no exterior vai concentrar boa parte do esforço de internacionalização por parte da Acate.

O presidente da entidade destaca também que a formação de mais profissionais para o setor, em parceria entre o setor público e privado, continua sendo prioridade. E um dos focos agora é a inteligência artificial.

– Nós fazemos um chamado para que o setor público preste mais atenção ao setor de tecnologia porque é forte gerador de PIB, gera empregos com renda acima da média, é uma indústria limpa e gera também receita de impostos. Em Florianópolis, por exemplo, a gente teve um aumento de 70% na arrecadação de ISS em dois anos em função do setor de tecnologia e inovação. Esse é um dado da própria prefeitura – destaca.  

“Temos o sonho de transformar SC em polo de inovação global”, diz presidente da Acate

Considerando o avanço do ecossistema em Santa Catarina o novo presidente da Acate destaca a integração do setor de TI com os demais em todas as regiões do Estado, com ênfase aos centros de inovação em várias cidades.

Diego Brites Ramos sucede a Iomani Engelmann na presidência da Acate, para mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição para um segundo mandato de dois anos.

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