Uma análise de pesquisas realizadas em sete países aponta que consumir carne vermelha – bovina, suína e embutidos – pode não fazer tanta diferença quanto a prejuízos para a saúde. O resultado saiu na revista Annals of Internal Medicine e vem atraindo uma série de críticas de outros pesquisadores e instituições que recomendam a redução do consumo dessas carnes em função de prejuízos à saúde e impactos ambientais. Isso porque, conclusões de pesquisas dos últimos anos teriam apontado aumento de incidência de câncer e doenças cardíacas em função do consumo desses itens.

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Mas, empresas do setor de carnes, que tem como líder mundial a brasileira JBS, gostaram do resultado. A matéria sobre esse novo levantamento é uma das mais lidas no jornal The New York Times.

"A certeza das evidências para essas reduções de risco foi de baixa a muito baixa", disse Bradley Johnston, epidemiologista da Universidade Dalhousie, no Canadá, e líder do grupo que publica a nova pesquisa, informou o jornal.

Para os cientistas que assinam a pesquisa, se há vantagem em não consumir carnes vermelhas, elas são pequenas quando se olha dados de maior abrangência, ou seja, considerando um maior grupo de pessoas.

Esse novo trabalho foi feito por grupo de 14 pesquisadores em sete países. Revisaram 61 artigos sobre 55 populações, totalizando mais de 4 milhões de participantes. Avaliaram estudos que relacionavam carne vermelha a câncer e doenças cardíacas (que são poucos) e 73 artigos sobre ligações de carne vermelha e incidência e mortalidade por câncer.

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