A inflação de Florianópolis, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc/Esag) fechou março com alta de 1,21%, a maior variação desde outubro de 2021, quando chegou a 1,63%. O resultado foi puxado, principalmente, pelo grupo de Transportes, que subiu 3,63% em função da alta do transporte público em 9,06% (impactado por aumento de 39,83% das passagens aéreas), aumento de 5,63% nos combustíveis e de 0,71% no custo de veículo próprio.

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Outros grupos de produtos e serviços que também influenciaram na alta foram os de Alimentação e bebidas, que subiu 1,53% no mês, e de Habitação, com alta de 1,75%.

Com esse resultado de março, a inflação de Florianópolis no ano acumulou 2,92 e em 12 meses, 11%. No mês anterior, fevereiro, a alta foi um pouco menor, de 0,89%. O levantamento apurou que em março, dos 297 itens pesquisados, 114 tiveram aumento, 109 ficaram estáveis e 74 recuaram. A alta dos combustíveis indica que mais aumentos em outras etapas da cadeia produtiva vão acontecer.

Sobre os demais grupos pesquisados pela Udesc/Esag em Florianópolis em março, Educação teve alta de 0,72% e Comunicação ficou estável. Tiveram queda os grupos Artigos de residência (-1,57%), Vestuário (-0,59%), Saúde e Cuidados pessoais (-0,06%) e Despesas pessoais (0,08%).

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Alguns reajustes de alimentos registrados no mês passado assustam os consumidores em meio a alta quase geral da ampla lista de itens pesquisados. O tomate subiu 46,93%, a beterraba 29,74% e o mamão, 15,16%. Também tiveram aumento expressivo a batata inglesa (13,19%), óleo de soja (13,78%), leite longa vida (9,29%) e bolacha recheada (11,05%).

Com o impacto dos combustíveis, nos últimos 12 meses, o grupo Transporte foi o que mais pesou no custo de vida em SC, 21,26%. O último reajuste das passagens aéreas teve mais de um componente. Além dos preços dos combustíveis, pesou a queda no número de passageiros do setor corporativo que, com as tecnologias virtuais, passaram a fazer menos viagens. Em segundo lugar, em 12 meses, ficou a Habitação com 15,07%, Despesas pessoais cresceram 11,05%, Alimentos e bebidas 10,94% e Artigos de residência, 10,25%.

O IPCA-15, calculado pelo IBGE, que consiste numa prévia da inflação, teve alta de 0,95% em março. E o cenário é de mais inflação no Brasil nos próximos meses, apesar da elevação da taxa de juros para conter preços. O reajuste dos combustíveis ainda vai impactar cadeias produtivas e os medicamentos tiveram alta no início de abril.