A SCGás, concessionária de gás natural de Santa Catarina, terá troca de um dos seus maiores acionistas em breve. Isso porque o tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, sem restrições, a compra de 51% da Gaspetro, subsidiária da Petrobras, pela Compass, empresa do Grupo Cosan. Após a formalização desse negócio, que deve ocorrer em cerca de um mês, a Compass passa a ter 20,91% do capital total da SCGás, o Grupo Mitsui 61,09%, a Celesc 17% e a Infragás, 1%.

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Essa decisão do Cade é a segunda neste ano sobre o negócio, sem restrições. A outra foi em março deste ano. Isso porque entidades empresariais questionaram, alegando risco de redução de concorrência. A privatização foi aprovada em 2021, por R$ 2,03 bilhões. Na decisão desta semana, o tribunal do Cade voltou a argumentar que não há risco à concorrência. 

A Gaspetro é acionista de 17 distribuidoras estaduais, com exceção da Comgás, de São Paulo e a Sulgás, do Rio Grande do Sul, que já tinham sido compradas pela Compass. A única determinação do Cade foi de que a Compass terá que vender 12 das 17 distribuidoras em três anos, as do Norte e Nordeste, como ela havia anunciado anteriormente, por ter intenção de manter atuação no Sudeste e Sul.

O preço do gás natural ganhou relevância também desde o ano passado porque acompanha as variações do preço do petróleo no mercado internacional. Em Santa Catarina, o novo reajuste das tarifas de gás natural deve sair nesta sexta-feira e a expectativa é de que será em torno de 40%. Se chegar a esse patamar, nos últimos três anos o consumidor industrial catarinense vai somar uma alta acumulada de 216% na tarifa de gás.

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