Entre as indústrias brasileiras que investem em inovação para oferecer produtos inéditos ao mercado está a Ciser, de Joinville, líder em fixadores na América Latina. O ponto alto das novas soluções são nanotecnologias que aumentam em até 20 vezes a resistência à corrosão e permitem redução de custos. Uma das inovações são selantes nanotecnológicos na área de química em nível molecular.
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O Nanotec é um selante aplicado em peças de zinco que chega a assegurar mais de 3 mil horas de uso, sem apresentar desgaste, explica Aluisio Goulart Lopes, head de Inovação e Transformação Digital da Ciser. Outra inovação é o NanoGeo, revestimento patenteado pela Ciser aplicado em fixadores, que garante 4 mil horas de duração a mais do que similar no mercado.
Com intensos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a Ciser tem conseguido se destacar com inovações em nanotecnologia para aumentar a durabilidade e resistência dos produtos que fabrica. A empresa está patenteando essas descobertas e, com inovação, avança mais no mercado internacional. Exporta para mais de 25 países e recentemente, abriu escritório na China para aumentar presença comercial na região Ásia-Pacífico, que conta com política específica de tributação.
A Ciser pesquisa tecnologias para oferecer fixadores com maior durabilidade, especialmente os usados em estruturas de longo prazo, como as de construção civil e de setores em condições adversas severas, como as plataformas no fundo do mar, muito afetadas por corrosão, ou as que têm fortes impactos. Testes de produtos com Nanotec são feitos há anos em condições que imitam essas dificuldades na vida real e a empresa tem duas linhas de produtos com esses diferenciais.
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– Em uma estação de intempéries no litoral de Santa Catarina, onde a Ciser avalia a durabilidade de seus produtos na prática, peças expostas à maresia há mais de sete anos ainda não apresentaram sinais de ferrugem, ou seja, de oxidação vermelha – informa Aluisio Lopes.
Lançado no final de 2021, o NanoGeo é um revestimento à base de flocos de zinco, de alumínio e de nanopartículas de alta dureza, um processo denominado de organometálico. Pode ser aplicado em fixadores e oferece maior dureza superficial do que filme protetor, sendo cinco vezes mais resistente à corrosão no teste “salt spray” frente a produtos convencionais.
-Junto com um selante, conseguimos um teste salt spray superior a 4.000 horas, que é quatro vezes superior ao similar comercializado no mercado e cerca de 300 vezes maior do que um produto sem proteção – explica o diretor.
Essas tecnologias que tornam os fixadores mais fortes têm também apelos de sustentabilidade, dentro das metas de ESG da empresa. Segundo a Ciser, elas não usam Cromo VI e outros petais pesados que são danosos à vida e ao meio ambiente. Produtos de vida mais longa também são mais sustentáveis porque requerem uso de menos recursos naturais e processos produtivos.
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