Santa Catarina encerrou o primeiro semestre com queda de 5,5% na receita das exportações, que ficou em US$ 5,4 bilhões frente a R$ 5,8 bilhões no mesmo período do ano passado. O recuo foi causado pelos principais itens do agro. As importações, no mesmo período, alcançaram US$ 16 bilhões, com alta de 14,2% frente ao mesmo período de 2023.
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Os dados, apurados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, são acompanhados e analisados pelo Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de SC, e também pela Epagri, empresa do governo do Estado.
As exportações de carnes de aves responderam por 16% do total da receita obtida pelo Estado no exterior até junho. O montante chegou a US$ 890,5 milhões, com queda de 11,8% frente ao mesmo período do ano anterior. Houve redução de preços e de volumes no semestre. A China conseguiu melhorar a oferta interna e reduziu em 30% as compras do Brasil no período.
As exportações de carne suína do Estado responderam por 13% do faturamento das vendas externas do país. Elas tiveram queda de 5,6% em receita no primeiro semestre e somaram US$ 702,4 milhões. A China aumentou a oferta interna e os preços médios caíram. Mesmo assim, o Brasil conseguiu conquistar novos mercados em diversos países.
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Além disso, SC exporta também proteína de peru, pato, bovino e outras, embora com menor impacto na balança comercial. O país está conseguindo ampliar as vendas externas de genética, pintinho de um dia.
As vendas do agro de SC também caíram em função das menores exportações de soja. Houve redução de 10,4% no primeiro semestre, com receita de US$ 321 milhões, destacou o Observatório Fiesc.
Entre os setores em alta no mercado externo, com mais impacto positivo na balança de SC estão os motores elétricos, com crescimento de 27,4% no semestre e receita de US$ 342,9 milhões.
Outro destaque é a venda de madeira compensada, que teve crescimento de 16,3% e somou US$ 128,7 milhões. As vendas de carpintaria – itens de madeira- para construções cresceram 10,5% e somaram US$ 154,5 milhões. O principal mercado lá fora são os Estados Unidos, que conseguiram retomar a construção civil após esforços para conter a inflação. Os itens de madeira são usados diretamente na construção.
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Os principais mercados externos de SC foram, na ordem, os Estados Unidos, com compras de US$ 856,3 milhões, com alta de 8,2% frente ao primeiro semestre de 2023. Em segundo lugar ficou a China com US$ 608,9 milhões e recuou de 34%, em terceiro o México com US$ 352,5 milhões e crescimento de 5,8%, e a Argentina caiu para quarto lugar, com US$ 327,9 milhões, queda de 28% no período.
Importações em alta
Santa Catarina segue com ritmo elevado de importações. Elas somaram US$ 16 bilhões no primeiro semestre, com alta de 14,2%. A maioria dos itens são insumos industriais, mas se destacam também fertilizantes, produtos de consumo e automóveis.
Os principais mercados foram a China, com US$ 6,8 bilhões e crescimento de 20,7%, seguida pelos Estados Unidos, com US$ 1,1 bilhão e alta de 9%, enquanto o Chile veio em terceiro lugar, com US$ 1,06 bilhão e alta de 28,2%.
Entre os produtos mais importados estiveram cobre 4,7%, veículos 2,6%, fios têxteis 2,4% e demais produtos para a indústria de transformação 4,8%.
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