Uma das maiores carências da logística catarinense é uma rodovia duplicada para ligar o Leste ao Oeste do Estado. Enquanto essa obra não é possível, uma solução para desafogar a BR-282, especialmente o trecho mais movimentado, entre Palhoça e Lages, é fazer 68,9 quilômetros de faixas. É isso que sugere o projeto BR-282 + Segura e Eficiente, orçado em R$ 192,9 milhões, apresentado nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) para parlamentares de SC, órgãos públicos e lideranças empresariais.

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Além das faixas, o projeto prevê readequações em interseções, melhorias em sarjetas para drenagens e reforço na sinalização. O estudo apontou que a cada dois dias acontece um acidente grave, em parte das vezes com mortes, no trecho até Lages. O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, afirmou que é preciso resolver rapidamente essa questão sob a ótica humanitária e, também, para melhorar a fluidez, a competitividade e a atividade turística no Estado.

O estudo liderado pelo engenheiro Ricardo Saporiti apontou que as melhorias no trecho mais crítico, entre Santo Amaro da Imperatriz e Alfredo Wagner, exigirá investimentos de R$ 46 milhões. Isso já seria suficiente para reduzir o número de acidentes. Depois, a etapa até Lages, necessita de R$ 147 milhões. Nesse trecho da BR-282 não passa a carga pesada dos contêineres do Oeste até os portos. Trafega aí a economia da região e boa parte do fluxo turístico para a Serra Catarinense e o Oeste.

Participaram da reunião os senadores Jorginho Mello, vice-líder do governo no Senado, Dário Berger, presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado e Esperidião Amin. Também acompanharam a apresentação a coordenadora da Frente Parlamentar Catarinense, deputada Angela Amin, a deputada federal Carmen Zanotto e o deputado estadual João Amin. Como o governo federal cortou verbas previstas para rodovias federais em SC, Jorginho Mello defendeu articulação com o Ministério da Infraestrutura para a liberação de verbas previstas para obras em outros estados, mas que enfrentem algum entrave para serem utilizadas nos projetos específicos.

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O evento também teve as participações do diretor superintendente do DNIT em SC, Ronaldo Carioni, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em SC, André Saul do Nascimento e o gerente para Assuntos de Transporte, Logística, Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, Egidio Antonio Martorano.

Ministro promete modelo logístico adequado às cargas de SC