Conhecido como governador de Santa Catarina que se destacou na realização de obras de infraestrutura, Colombo Machado Salles, que faleceu nesta terça-feira (14), aos 97 anos, em Florianópolis, e será sepultado nesta quarta, contou com o impulso da fase de maior crescimento econômico da história do Brasil e um dos maiores do mundo, o “Milagre econômico brasileiro”.
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Colombo Salles governou o Estado no período de 1971 a 1975, pegando a maior parte do “Milagre brasileiro”, quando o país teve crescimento recorde do Produto Interno Bruto (PIB) entre de 1968 a 1973.
Segundo o IBGE, em 1968 o crescimento do PIB Brasil alcançou 9,8% e seguiu alto: 1969 (9,5%), 1970 (10,4%), 1971 (11,3%), 1972 (11,9%) e 1973 (14,00%). Esse 14% foi apontado como o maior crescimento mundial de PIB de todos os tempos. Depois, com a crise do petróleo, a média caiu. A alta ficou em 8,15% em 1974 e em 5,17% em 1975.
Colombo, que era engenheiro e professor, foi uma escolha técnica do então presidente da República Emílio Garrastazu Médici. O país vivia o auge da ditadura militar enquanto a economia seguia acelerada em função de políticas adotadas pelo governo federal, com elevados investimentos públicos, abertura de estatais e fortalecimento da indústria com substituição de importações e crescimento de exportações. O cenário externo também era favorável.
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Esses anos de 1970 foram de crescimento para a economia de Santa Catarina, quando diversos setores industriais conseguiram surfar essa onda de substituição de importações, o que elevou vendas no mercado interno. As empresas de SC também surfaram a onda das exportações.
Nessa fase, as agroindústrias começaram a exportar mais, em especial para o Golfo Arábico e as demais empresas estrearam ou ampliaram participação nos mercados das Américas, Europa e também Ásia.
Outro movimento que começou nas empresas foi uma melhoria da gestão, com as maiores dos setores têxtil, metalmecânico e de alimentos abrindo capital na bolsa de valores brasileira. Isso permitiu avanço na governança e ajudou a projetar as empresas do Estado.
Foi nesse cenário que Colombo Salles esteve à frente da gestão do Estado e conseguiu fazer mais de 500 quilômetros de rodovias, a ponte que leva o seu nome, a SC-401 que liga o Norte da Ilha, ampliar a oferta de energia e de água, entre outros investimentos.
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