A polêmica gerada pela decisão de órgãos federais de barrar a participação de operadoras portuárias gigantes do exterior no processo de licitação do Porto de Itajaí foi tema de reunião do Conselho das Federações Empresariais do Estado (Cofem), nesta segunda-feira. Em reunião na sede da Federação as Associações Empresariais (Facisc), o Cofem manifestou preocupação com prejuízos às operações portuárias e destacou que discorda com essa restrição no processo licitatório.

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Por isso, o conselho enviou ofício para o Tribunal de Contas da União, o Ministério da Infraestrutura, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários e à Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários alertando sobre riscos da decisão da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) de limitar a participação de empresas.

– Nossa preocupação é maior quando, no manifesto, está incluso o pedido de que o edital de desestatização deve estabelecer vedação expressa de participação das empresas Maersk e MSC e de empresas cujo capital social possuam participação em qualquer proporção das empresas Maersk e MSC – afirma o Cofem em documento divulgado após a reunião.

Entre as lideranças presentes na reunião do Cofem estavam o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, o conselheiro Alaor Tissot, o diretor de infraestrutura e logística, Antônio Carlos Guimarães Neto e o diretor do comitê de assuntos portuários da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), o advogado Eclésio da Silva.

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Antônio Guimarães mostra preocupação com os impactos da decisão da ABTP. Segundo ele, a movimentação de cargas já está sendo prejudicada. O Cofem é integrado pelas federações da indústria, comércio, agricultura, transportes, micro e pequenas empresas, FCDL, Facisc e Sebrae-SC.