Enquanto governos municipais se mobilizam para garantir vacinas contra a Covid-19 diante da demora de decisão do governo federal em se comprometer na aquisição de doses do Instituto Butantan, empresas do setor privado que atuam com vacinas também estão sondando fabricantes para fazer aquisições. Mas os laboratórios, por enquanto, não estão se comprometendo em vendas ao setor privado. Por isso, a expectativa, hoje, é de que o setor privado tenha a vacina contra o novo coronavírus somente no final do primeiro trimestre do ano que vem ou mais adiante.

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O Instituto Butantan, mesmo com essa demora da decisão do governo federal, segue com foco para fornecimento primeiro ao setor público, informa o secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, que acompanha o assunto de perto embora não seja a pasta dele.

Uma das maiores empresas que atuam com vacina contra gripe no Brasil, a Imunizar, de Florianópolis, confirma que a preferência dos laboratórios, agora, é mesmo para a oferta de grandes quantidades aos governos, informa o diretor da empresa, Marlos Monn. Por isso, pelos contatos que a empresa tem feito para eventuais aquisições, a expectativa é de que alguns fabricantes poderão fornecer ao setor privado brasileiro no final do primeiro trimestre do ano que vem.

A Clínica infantil Tio Cecim, de Florianópolis, que é privada e atua com vacina, também está na expectativa, sem prazos, porque, por enquanto, não existem vacinas aprovadas, afirma o diretor, Cecim El Achkar. Ele acredita que no começo do ano que vem, vencidos todos os trâmites necessários, o setor privado também terá acesso a vacinas. Ele destaca que ainda no ano que vem haverá grande oferta de vacinas no mundo e até poderá sobrar porque estão prevendo fabricar mais de 5 bilhões de doses.

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A oferta de vacina ao setor privado é de grande interesse, especialmente de empresas que costumam adquirir vacinas para os empregados. Também é importante saber quando o Brasil terá vacinas em larga escala porque, assim, a atividade econômica poderá acontecer com maior normalidade para todos os setores, permitindo crescimento econômico mais equilibrado.